COMO A LIGA TRAIU O VITÓRIA, LEVANDO A ÁGUA AO SEU MOINHO...

Por esta altura, as declarações do presidente do Vitória, António Miguel Cardoso. referentes ao sucedido em Braga, já deflagraram em todas as publicações.

Porém, apesar da assertividade do líder máximo do clube, cujas palavras subscrevemos ponto por ponto, linha por linha, tal terá sido só, apenas, o desmascarar dos projectos iniciais da Liga de Clubes que nunca quis mais que na fase decisiva estivessem os três de sempre, mais o parceiro que, para se assemelhar a eles, tem de comprar esse estatuto.

Na verdade, bastará lembrar o projecto inicial da Liga de Clubes para internacionalizar um produto que para além de Badajoz, à excepção dos emigrantes, ninguém tem interesse. Para além do ridículo da situação, ainda mais ridículo o facto de se querer "estarolizar" a competição, olvidando-se hipocritamente que esta já foi vencida pelo Vitória FC e pelo Moreirense e emblemas como o Marítimo, Paços de Ferreira ou Estoril já chegaram à final da prova.

Tentou, por isso, numa solução de compromisso, o Vitória mudar as coisas. Abrir a prova a oito equipas, visto aquelas que deviam bater o pé, sabe-se lá a troco de quê, terem aceite uma situação profundamente lesiva dos seus interesses. Uma situação parcial, violadora dos preceitos basilares do desporto em que a igualdade de oportunidades devia tocar a todos.

Porém, se a Liga deu com uma mão abrindo a possibilidade da realização desse modelo, terá tirado com as duas. Com efeito, a inenarrável arbitragem de Fábio Veríssimo, que logo nos primeiros minutos da partida condicionou a espinha dorsal do Vitória, com amarelos a Charles, Borevkovic e Handel (deve ser record uma equipa ter feito quatro faltas e visto seis amarelos) e demonstrou o que iria acontecer.

Falamos, pois, de uma arbitragem altamente lesiva dos interesses do Vitória, que teve o seu apogeu na surreal grande penalidade que ditou a derrota dos Conquistadores, o quinto em quatro jogos, que deve ser algo de nunca visto no futebol português. Uma perseguição que teve como objectivo, daqui a uns meses, Pedro Proença e amigos ufanarem-se das equipas que disputarão uma Taça que nasceu ligada às máquinas e, atento ao sucedido, tem a credibilidade nas ruas da amargura.

Assim, perante esta traição, e para além das palavras que certamente merecerão um pesado castigo (o que não deverá importar quem quer que seja, pois António Miguel Cardoso já não entrava em campo de chuteiras), urgirá tomar medidas que poderão passar por black-outs, manifestações de indignação da própria equipa nos treinos, ou até a realização dos exercícios de aquecimento no próximo jogo com o Moreirense, com camisolas com mensagens subliminares... Haja imaginação para atacar um sistema, que desde que percebeu que tinha-se de contar com o Vitória, passou a atacá-lo de modo descarado.

Hoje foi, apenas, a traição que estava agendada há muito... e Domingo, se acontecer como tem acontecido nos últimos jogos, como será?

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