No aspecto franzino, a certeza da sua juventude...
No sorriso moleque, a certeza que o futebol de rua e de ginga brasileira ainda não morreu.
Kaio César tem sido das boas revelações do Vitória, versão 2024/25. Extremo à moda antiga, de conduzir a bola colada no pé, tem sido capaz de colocar a cabeça em água dos laterais contrários. Acresce ainda nele, a imensa vontade em aprender, em evoluir, tal como Álvaro Pacheco dizia e, agora, Rui Borges confirma. Apesar de não ter crescido no tamanho, cresceu no apego ao jogo, no comprometimento defensivo (como se viu principalmente no derby minhoto) e na forma em que se associa no processo ofensivo aos demais companheiros. Tudo isso, na posição, provavelmente, mais melindrosa da equipa da presente temporada, que é a aquela onde Jota brilhou e se projectou para os patamares da Premier League.
Dizem alguns (e com certa razão) que o habilidoso brasileiro é demasiado perdulário em frente à baliza. Talvez, por vezes se deslumbre. Nada de novo, em alguém tão jovem que está no futebol europeu há nove meses. Bastará lembrar que Raphinha, hoje um dos melhores extremos brasileiros e capitão do Barcelona, na sua primeira época no Vitória apontou quatro golos! O futuro faz-se caminhando e que bom seria que nesse futuro o Vitória pudesse retirar dividendos desportivos, mas também financeiros (atendendo ao direito de opção existente no seu contrato) do irrequieto atleta canarinho....