COMO JUCA, O SÓCIO 8326, NUNCA SE AFIRMOU E COMO ABANDONARIA (SURPREENDENTEMENTE) O VITÓRIA, RECEBENDO UMA INESQUECÍVEL HOMENAGEM

A aposta naquela época de 1967/68 parecia ser determinada.

Com efeito, para treinar a equipa, depois do abandono do marcante gaulês, Jean Luciano, a aposta recaiu em Júlio Cernadas Pereira "Juca", um verdadeiro senhor do futebol português, proveniente do Sporting.

De imediato, prometeu "demonstrar o trabalho honesto e persistente (...), ao empreender missão que não sendo essencialmente difícil, se reveste, no entanto, de dificuldades que só a competência e ponderação se tornarão capazes de solucionar condignamente.”

Não conseguiria, contudo, fazer época de registo. Entraria a sofrer três derrotas de enfiada, empataria a quarta partida do campeonato em casa perante o Leixões, para, apenas, estrear-se a triunfar à quinta partida, em casa do Tirsense.

Apesar de, a partir daí, ir desenvolvendo um campeonato regular, não conseguiria mais do que o sexto posto, a sete pontos de distância do homónimo sadino. O Vitória fora uma desilusão, mas contava com Juca para a temporada seguinte e os directores do clube assim o afirmavam.

Todavia, questões pessoais obrigá-lo-iam a regressar à capital, levando a que o Vitória organizasse ao treinador que partia um jantar de homenagem no restaurante Jordão. Aí, fizeram uso da palavra homens como o presidente da direcção, Fernando Roriz, o capitão, Peres, Gil Mesquita e Egídio Pinheira para lembrar o carácter e a formação de um homem que "marcou um lugar de grande relevo na história do futebol vimaranense."

"Por fim, por entre calorosos aplausos, quando se levantou Juca, principiou por agradecer a homenagem que lhe foi prestada e que calou - disse - bem fundo no seu coração. Teve o cuidado de acentuar que não se podia tratar de uma festa de despedida, pois conta aparecer por Guimarães muitas vezes, no sentido de rever as belas amizades que ali criou e para poder acompanhar de perto a carreira do Vitória, um clube que lhe entrou também no mais fundo da sua alma."

O treinador partir e ficava na memória de todos... "tanto que no fim da sessão, a direcção do Vitória, na pessoa do seu presidente da direcção, entregou um emblema de pedras preciosas ao apreciado treinador." Outros tempos!

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