COMO EM TARDE DILUVIANA, INÁCIO ESTREOU-SE DA MELHOR MANEIRA POSSÍVEL, FAZENDO O VITORIA RESPIRAR MELHOR

Aquela temporada de 2000/01 estava a ser um malogro e uma verdadeira fonte de preocupações. O Vitória apostara forte nesse exercício mas a opção de ter um treinador com mais poderes do que o habitual dera mau resultado e Paulo Autuori sairia após doze jornadas e uma pesada derrota perante o Benfica.

Seguir-se-ia Álvaro Magalhães que, ainda, durou menos do que o seu antecessor, resistindo, somente onze contendas, em que, para o campeonato, apenas foi capaz de vencer uma partida, em Campo Maior, graças a um golo de William. Haveria de cair após uma derrota caseira perante o Salgueiros, o que obrigou Pimenta Machado a ter de olhar para o mercado de treinadores com minúcia. Como já contamos, terá balançado entre Mourinho, na altura saído do Benfica, após a eleição de Manuel Vilarinho e Augusto Inácio, que na temporada anterior fora campeão nacional no Sporting, quebrando um longo jejum leonino, mas, entretanto, nesse exercício, já despedido da agremiação leonina. Seria este o escolhido, tendo uma estreia que se antevia difícil.

Na verdade, nessa altura do campeonato, já na entrada do seu último terço, o Vitória estava no décimo quarto posto, dois pontos acima da linha de água e iria encontrar o último classificado, o Desportivo das Aves, em casa deste, e que distava do Vitória, apenas, seis pontos.

Assim, naquele dia 04 de Março de 2001, um Domingo de intempérie inclemente, foram muitos os vitorianos que rumaram à localidade vizinha numa partida que, por todas as condicionantes, valia muito mais do que três pontos. Uma partida que Augusto Inácio surpreendeu ao colocar pela primeira vez o extremo Nandinho a titular, mas a... lateral direito! Assim, o Vitória entrou em campo com Vítor Nuno; Nandinho, Paulão, William, Rogério Matias; Paiva, Lima, Fredrik Söderström; Fangueiro, Sion e Geraldo. Uma equipa de combate que sentiria muitas dificuldades na primeira meia hora da partida, até ao momento em que "Fangueiro, em jogada individual, rematou forte ao poste da baliza de Tó Luís."

A partir daí, "a equipa do Vitória despertou então para uma toada de jogo diferente." Uma toada que demoraria a dar frutos, só sucedendo a primeira manifestação de alegria já dentro do derradeiro quarto de hora da partida, quando "aos 78 minutos... o avançado Sion aproveitou da melhor forma um desentendimento entre o guarda-redes Tó Luís, Vieira e Braima e não teve dificuldades em inaugurar o marcador."

Logo de seguida, os avenses ficariam reduzidos a dez unidades por expulsão de Quinzinho e tal seria o dínamo ideal para os Conquistadores chegarem à tranquilidade com os golos de Fredrik e de Fangueiro... a equipa que já não vencia qualquer jogo há quase quatro meses voltava a respirar na estreia do novo técnico! E, apesar da situação classificativa ainda difícil, olhava para o futuro com um novo optimismo...

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