terça-feira, 1 de outubro de 2024

COMO FOI ANUNCIADO QUE AS ELEIÇÕES DE 2010 SERIAM A DOIS, TENDO EMÍLIO OPOSIÇÃO..

 

Emílio Macedo da Silva subira ao poder em 2007 numa altura difícil para o Vitória. Com a equipa a meio da tabela na II Liga, com o treinador Manuel Cajuda a apresentar dificuldades em começar a vencer, o cenário parecia terrível para os Conquistadores. Porém, tudo mudaria, com a equipa a encetar uma cavalgada surpreendente que a fez regressar ao seu habitat natural para no ano seguinte conquistar um belo terceiro lugar. O estado de graça alargar-se-ia às modalidades com a equipa, entre outros títulos, a sagrar-se campeã nacional de voleibol, bem como a conquistar as Taças de Portugal dessa modalidade, mas também, de basquetebol.
Porém, a "luz" da presidência de Emílio começou a desvanecer-se. Tal terá começado com a desastrada intervenção no processo Apito Final, prosseguindo com o "negócio Geromel" que soube a pouco, com a demissão de Manuel Almeida que teceu uma série de críticas ao presidente, prosseguindo por outros episódios como o estranho despedimento de Manuel Cajuda ou cedência de lugares do Topo Sul a adeptos do Benfica, aquando da desafio frente ao Benfica.
Assim, quando as eleições se aproximaram, as críticas ao presidente vitoriano já eram muitas, tendo sido corporizadas por um associado que, na altura, ainda era pouco conhecido no universo vitoriano, ainda que fosse vimaranense de gema: Manuel Pinto Brasil, um empresário de metalomecânica.
Assim, lançaria mãos à obra afirmando quanto ao monstro do passivo que já se antevia que "Não esperava encontrar estes valores, é uma aberração uma coisas destas. Devia haver uma gestão mais comedida nessa área". Porém, a sua grande cartada, que depois seria desmentida, seria a escolha do comentador televisivo, Luís Freitas Lobo, para director desportivo. Relativamente a essa temática, diria que "Estou 100 por cento confiante que Luís Freitas Lobo será o nosso director desportivo. Já nos reunimos quatro ou cinco vezes e ele elogiou o nosso projecto" Não o seria, contudo, num processo que terá ajudado à sua derrota futura. Para fundamentar a sua escolha, referiria que "o Braga tornou-se mais forte desde que apostou num director desportivo, que veio do Sporting, e que está a fazer um óptimo trabalho. O que nos propomos fazer para o Vitória é um bocado isso, apostar num profissional, num técnico. O presidente não é obrigado a saber tudo, nem pode querer meter-se em tudo. Cada um na sua especialidade e o presidente, como órgão máximo do clube, a superintender essa equipa"
Ficaria, ainda na história, um debate com Emílio Macedo da Silva, mas que servirá para outro momento. No dia das eleições, porém, o presidente em exercício acabaria por ser reconduzido... mas, Pinto Brasil entrava, de modo definitivo, no universo vitoriano.

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