COMO EM DUAS BELAS FOTOGRAFIAS, RELEMBRAMOS QUÃO ESPECIAL FOI O VITÓRIA DE 1986/87...

 

Era dia de Todos os Santos... dia próprio para uma romagem aos cemitérios! Porém, naquele dia, a peregrinação foi ao local que causa mais emoções aos vitorianos: o estádio do Rei, na altura, ainda Municipal.

E, estas duas representações da partida dessa temporada frente ao Desportivo de Chaves capturarão o que foi o Vitória naquele ano: uma equipa capaz de arrastar multidões, a jogar perto da área adversária e com três talentos geniais capazes de desequilibrar: Ademir Alcântara, Paulinho Cascavel e Roldão.

Ainda assim com a cabeça no Atlético Madrid, que iria viajar até Guimarães na quarta feira seguinte, o Vitória, apesar do domínio, foi posto à prova pela boa réplica flaviense, ainda que como escreveu o jornal do clube de 21 de Novembro de 1986, "contudo, seria o Vitória a criar mais oportunidades de golo mercê do seu maior ímpeto atacante." Por isso, aos 22 minutos, "numa jogada do lado esquerdo com Roldão a desembaraçar-se do adversário e a cruzar rasteiro... Cascavel deu primoroso toque de calcanhar" para N'Dinga esticar o pé para quebrar a resistência transmontana.

Porém, o Chaves reagiria para empatar rapidamente, fazendo o resultado chegar igualado ao intervalo. Todavia, na segunda metade surgiria o "furacão" Cascavel, autor de dois golos, desbloqueando um desafio que pareceu difícil a certa altura... seguia-se o Atlético Madrid e o jornal dos Conquistadores lamentava que apesar do Vitória ter conseguido "os dois pontos com todo o mérito, (...) a RTP ter feito estupidamente crer o contrário, mostrando irregularidades onde elas não existiram." Até nisso, pouco mudou no futebol português!

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