Há sucessos musicais que ficam conhecidos por One Hit Wonder, atendendo ao facto do intérprete apenas não conhecer mais sucessos na sua carreira.
Essa poderia ser a definição da carreira de Edinho, um avançado brasileiro que chegou proveniente do Chaves ao Vitória com o rótulo de goleador, atento os 14 tentos apontados na temporada de 1994/95. Aliás, as esperanças vitorianas nas potencialidades do jogador eram tantas, que entrou no negócio dos “Pedros” para o Sporting por via indirecta… assim, foi adquirido pelo Leões para entrar no pacote de atletas a ceder ao Vitória para além dos 800 mil contos em dinheiro.
Em Guimarães, desde o início da sua aventura, foi fiel ao seu modo de ser: frenético, intenso e sempre ligado à corrente.
Estrear-se-ia a marcar à quarta jornada no triunfo perante a União de Leiria para, provavelmente, marcar o mais belo golo da sua carreira Conquistadora em Santo Tirso, num fantástico tiro, na antecâmara da inesquecível contenda de Camp Nou.
Porém, seria já depois da partida de Vítor Oliveira e com a chegada de Jaime Pacheco, que iria tornar-se superlativo. Goleador, sempre no sítio certo, quase um “sempre em pé” que parecia ter mais uma velocidade, uma réstia de energia quando se augurava que a mesma estivesse a findar.
Seria assim que acabou a temporada com 16 golos apontados, marcando o seu derradeiro tento no inesquecível triunfo por três bolas a duas frente ao FC Porto, naquela tarde em que Zahovic incendiou os vitorianos com aquele tiraço indefensável.
Não sabia ainda mas seria o derradeiro golo de Rei ao peito. Ainda que na temporada seguinte participasse na histórica eliminatória com o Parma, haveria de abandonar o Vitória a meio da temporada sem apontar qualquer golo nesse ano! Uma bomba que só deflagrou naquele ano, de modo absolutamente irresistível…
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