Vivia-se o apogeu do campeonato distrital de 1940/41, a última vez que a prova não iria dar apuramento para as provas nacionais.
Como sucedera nas edições anteriores, o Vitória de Alberto Augusto seguia imparável rumo ao ceptro, contando por triunfos as três primeiras partidas efectuadas na competição.
Até que chegamos à partida de 03 de Novembro de 1940 frente ao Famalicão que, por esses dias, andava com a moral em alta, depois de bater o SC Braga e que, caso triunfasse no Benlhevai, igualaria os Conquistadores no primeiro lugar da tabela.
Porém, a primeira metade do encontro retiraria todas as dúvidas quanto ao vencedor da pugna, já que como escreveu o Notícias de Guimarães de 10 de Novembro do ano referido, "a primeira metade do jogo terminou com o Vitória a ganhar por 4-1, goals marcador por Laureta aos 9 e aos 43 minutos; por Bravo aos 28 e por Oliveira aos 44.” Uma inelutável demonstração de superioridade Conquistadora que se esperava que se mantivesse na segunda metade da pugna. Todavia, ao invés do festival continuar, a parte complementar ficou marcada pela "arreliadora desorientação do Sr. Custódio de Sousa (o árbitro) que estragou a partida."
Assim, o juiz perdeu as rédeas do jogo, após não ter validado um golo ao Vitória, levando a que a equipa vitoriana não mais se encontrasse, permitindo mesmo que o conjunto adversário reduzisse diferenças, cifrando o resultado final em quatro bolas a duas. Porém, mais do que isso "com a bronca resultante deste erro, pois a assistência protestou rija e justamente, o Sr. Custódio desafinou, não tendo mais conseguido acertar o compasso." "A tal ponto (...) fez soar o apito para terminar o encontro oito minutos antes do tempo regulamentar...", o que não gerou ainda mais polémica pelo facto do Vitória estar tranquilamente a vencer. Seguia-se Braga na caminhada triunfal do Vitória, mas isso já será outra história!