Adão chegou ao Vitória no início da época de 1985/86 proveniente do Varzim.
De imediato, pegou de estaca na equipa orientada por António Morais, orquestrando o futebol vitoriano com raça, abnegação e classe. Assim, mereceria a atenção das selecçōes nacionais, chegando a ser utilizado em dois amigáveis frente à Finlândia e ao Luxemburgo de preparação para o mundial mexicano.
O sonho parecia ter possibilidades de se tornar realidade e o jogador ser o primeiro atleta vitoriano a participar na máxima prova do futebol mundial de selecçōes.
A reforçá-lo, o facto de ter sido o único atleta vitoriano a quem a FPF solicitou a documentação, o que se alvitrou que fosse para tratar das questões burocráticas atinentes à viagem até ao México.
Porém, no momento da convocatória, o grande desejo não se concretizou. Adão não foi chamado por José Torres, o Bom Gigantes, e o Vitória não iria viver um momento histórico. Tão inesperado, que o jornal do clube, lamentava que “ outras equipas, como o Belenenses, que andam pelo meio da tabela, têm pelo menos três jogadores. É pena realmente mas… estes critérios…”
E assim, morria o sonho vitoriano de ter um jogador na máxima prova mundial de futebol… ainda que, fruto das contingências de Saltillo, Pimenta Machado pusesse todos os jogadores portugueses à disposição da FPF… sem efeito, todavia!