COMO 60 MINUTOS EXTRAORDINÁRIOS DERAM LUGAR A 20 AGÓNICOS NUM FESTIM DE GOLOS...E DE MANIFESTAÇÃO DE SUPERIORIDADE VITORIANA!

Terá sido o apogeu atacante de uma equipa que sempre jogou com os olhos postos na baliza contrária e que em casa foi irresistível vencendo os três conjuntos mais titulados do futebol português e só empatando perante Chaves, Académica e Salgueiros.

Com efeito, aquele Vitória versão 85/86, orientado por António Morais, era um vendaval de futebol ofensivo, sempre a procurar os melhores meios para alimentar um predador de área de nome Paulinho Cascavel, que, nesse ano, seria o segundo melhor marcador do campeonato, obtendo uma sequência incrível de 16 golos em 9 jogos.

Porém, terá sido no Clássico do Minho que o Vitória terá tido uma das suas tardes mais felizes, algo comprovado pelo naco de prosa vertido pelo Notícias de Guimarães datado de 07 de Março de 1986: " ... foi um festival de futebol e de golos, que durou mais de uma hora, altura em que a equipa vitoriana resolveu descansar..."

Na verdade, a equipa constituída por Jesus; Costeado, Valério, Tozé, Gregório Freixo; Bobó, Miguel, Nascimento; Costa, Paulinho Cascavel e Roldão, haveria de chegar à hora de jogo à marca de cinco golos sem resposta, graças ao hat-trick do inesquecível goleador Cascavel, e um golo de Bobó e outro de Nascimento. Depois, "reduziu o Braga, mais por consentimento vitoriano do que por outra coisa qualquer, já que o Vitória a jogar como jogou (enquanto se interessou a sério pelo jogo) é incomensuravelmente superior ao seu adversário de Domingo."

Assim, os três golos arsenalistas, obtidos entre os 70 e 77 minutos, levando a que se considerasse que "assim dá gosto ver futebol", considerando, também, o Povo de Guimarães de 05 de Março desse ano que "este confronto entre Vitória e Braga fica na história de todos os derbys minhotos. Oito golos, num só jogo, raramente acontece e, sobretudo, quando os dois grandes do Minho se defrontam , constitui, sem dúvida, raridade."

Não obstante isso, num exercício retrospectivo, "baila-nos, porém, na memória um outro desafio, em que ambos actuando no velho Campo da Ponte, quando o Campeonato Distrital dava a indicação da participação regional no Nacional, o nosso Vitória venceu ali o seu rival por 5-4, conseguindo, como sempre aconteceu, a ida à Prova Maior daquela época distante..."

Tal como esse jogo, este desafio tornou-se inesquecível!

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