ARRANQUE EM FALSO, APESAR DA ENCHENTE...

 

O Vitória estava desfalcado naquela temporada de 1966/67.

Com efeito, as perdas - por motivos diferentes -de Djalma e de José Morais - não foram supridas, levando a que a equipa de Jean Luciano se apresentasse mais debilitada nesse ano.

A provar isso, as três derrotas consecutivas a iniciar o campeonato principal, sendo duas delas em casa, frente ao Benfica e ao Belenenses, entrecortadas pelo desaire em Setúbal.

No início do campeonato, frente ao Benfica, uma verdadeira enchente lotou o, então, municipal. Com efeito, foram mais de vinte mil adeptos que, na ressaca do inesquecível Campeonato Mundial de 1966 - acorreram ao recinto vitoriano, para deixarem uma receita na ordem dos 320 contos.

Quanto ao jogo em si, a equipa composta por Roldão; Gualter, Manuel Pinto, Joaquim Jorge, Daniel; Ribeiro, Peres; Naftal, Campinense, Mendes e Castro seria incapaz de equilibrar as forças perante o adversário. Assim, o guarda-redes Roldão conseguiria evitar vários golos aos encarnados, até que, aos 39 minutos, Eusébio a viver um verdadeiro estado de graça após ter alcançado a glória mundial em Inglaterra, faria a bola beijar as redes vitorianas.

Era o tento do triunfo do adversário, levando no final da partida, o treinador vitoriano a lamentar a ingenuidade do seu ataque, ao deixar-se apanhar várias vezes em fora de jogo, já que "faltou cabeça fria para enganar o adversário".

Contrariamente ao que tantas vezes tinha sucedido até então, o Vitória não conseguira bater o pé aos mais titulados do campeonato e tal indiciava que a época não iria ser de tanto êxito como a anterior...

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