APESAR DO RESULTADO, UM MOMENTO MARCANTE...

Tinham sido três épocas...

Três épocas em que o Vitória tinha actuado no segundo escalão do futebol português.

Depois de ter batido o Salgueiros num disputado play-off, regressou ao principal escalão do futebol português.

Orientado por Mariano Amaro, um antigo internacional português que se notabilizou no Belenenses, o regressou deu-se na Luz perante o Benfica.

A alinhar com Sebastião; Silveira, João da Costa; Augusto Silva, Virgílio, Daniel; Romeu, Rola, Carlos Alberto, Bártolo e Ernesto, o resultado, esse, não auguraria os 48 ininterruptos anos que os Conquistadores passaram no principal escalão nos seus lugares cimeiros.

Na verdade, a derrota por sete bolas sem resposta, demonstrou como escrevia o Notícias de Guimarães da data que "três longas épocas na Divisão Menor não podiam deixar de trazer as suas consequências, pois nela o futebol é muito mais rudimentar, com equipas de muito menor valia a competir, atingindo somente um nível já razoável quando se atinge a sua fase final."

Na verdade, a questão da adaptação ao principal escalão era colocada em causa, já que " durante três épocas, em Campeonatos de 36 jogos cada, podem-se contar as derrotas que o Vitória sofreu, tendo-se criado daí na equipa uma maneira de actuar que só a prática na Divisão Maior corrigirá. De equipa sem cuidados na marcação, fazendo o seu jogo, o Vitória passou a ser conjunto com preocupações defensivas, colmatando as incisões abertas pelo jogo do adversário."

Os Conquistadores percebiam isso de modo quase imediato, melhorando a todos os níveis, vingando-se da goleada sofrida ao baterem o Benfica na Amorosa por duas bolas a uma e ao conquistarem um quinto posto final, que a imprensa da altura considerou tratar-se do primeiro lugar depois dos "grandes.

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