A SANTÍSSIMA TRINDADE

Um trio de técnicos, que poderíamos chamar de Santíssima Trindade, ou a aposta mais ousada de um jovem presidente, desejoso de se afirmar no panorama do dirigismo nacional.

Pimenta Machado aproveitando a convulsão que se vivia no FC Porto, depois de ter começado a temporada com Fernando Peres, insatisfeito com o rumo que a temporada de 1980/81 estava a levar, jogou uma cartada ousada.

Recrutou José Maria Pedroto, que se demitira do emblema portista em solidariedade com Jorge Nuno Pinto da Costa, esperando que desse asas a uma equipa que contava com o guardião Vítor Damas e o holandês Blanker, contratado ao Ajax e comparado com Cruyff, como principais estrelas.

Com o treinador, chegariam Artur Jorge, que haveria de ser campeão europeu em 1987 pelo FC Porto e António Morais que seria treinador principal do Vitória na época de 1985/86.

Com efeito, depois de Peres ter perdido em Espinho, despediu-o para recrutar a equipa técnica maravilha que se estreou com um empate caseiro frente ao Boavista. A partir daí, o entusiasmo sempre presente no que toca ao sentimento vitoriano aumentaria exponencialmente. Bastará recordar o comboio branco em direcção ao estádio da Luz, numa inesquecível enchente após um triunfo por cinco bolas a zero sobre o eterno rival bracarense.

No final da temporada, a equipa conquistou um quinto lugar, que não foi possibilitador de apuramento europeu.

A tripla seria desfeita no final da época, mas Pedroto haveria de continuar mais uma temporada em Guimarães, para conquistar um quarto posto... também, sem Europa, beneficiando disso o eterno rival que o conquistou fruto de ter atingido a final da Taça de Portugal.

Porém, esta terá sido, provavelmente, a mais marcante equipa técnica da centenária história vitoriana!

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