A PARTICIPAÇÃO NA PEQUENA TAÇA DO MUNDO

A temporada de 1965/66 acabara sob o signo da alegria relativa.

O Vitória orientado pelo francês Jean Luciano houvera conquistado um meritório quarto lugar que, por causa do triunfo bracarense na Taça de Portugal, não deu lugar europeu.

Contudo, a equipa houvera garantido prestígio suficiente para ser requisitada para diversos torneios estrangeiros, o que na altura significava o recebimento de quantias que ajudavam a suportar o orçamento da temporada. In casu, o valor em questão ascendia a 400 contos pela participação, ao qual acresceriam mais 500 caso vencesse o torneio e ganhasse o direito a enfrentar a selecção de Caracas.

Por isso, o convite para a Pequena Taça do Mundo na Venezuela foi recebido com grande entusiasmo, tendo a expedição sido patrocinada pelas empresas vimaranenses, num claro sinal de que o Vitória sempre recolheu apoios para as suas empreitadas.

Nesta, iria enfrentar parceiros de luxo, numa antecâmara dos jogos europeus que, anos depois, iria enfrentar. Assim, no triangular disputado na capital da Venezuela, o conjunto vitoriano iria encontrar a Lazio de Itália e o Valencia de Espanha, num cartel de luxo e que compreendia jogos a duas voltas; ou seja, quatro partidas, todos contra todos.

A equipa vitoriana começaria a prova em grande. Venceria o conjunto romano por três bolas a uma, destacando-se o golo inaugural obtido por António Mendes. Porém, a derrota no segundo jogo frente ao Valencia, bem como o empate perante o clube italiano colocou o torneio fora das cogitações vitorianas. A derrota final por três bolas a zero perante os espanhóis, limitou-se a certificar que o conjunto vimaranense não haveria de vencer a prova, ficando-se pelo segundo posto à frente da Lazio.

Apesar de tudo, era mais um passo na afirmação internacional do clube...

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