Uma fotografia do início do século XX...
A muralha com o Paço dos Duques ao fundo!
Refira-se que o sistema defensivo de Guimarães, nos seus primórdios, tinha duas linhas de muralha. A mais antiga circundava a zona alta da cidade, procurando proteger o castelo. Nos reinados de D.Afonso III e de D.Dinis começou a ser construída a parte da muralha destinada a proteger a parte baixa da cidade.
Tal foi conducente à existência de duas zonas urbanas: a. de cima, onde o poder militar tinha relevância, e a inferior que dava atenção ao poder eclesiástico por estar próxima da Colegada da Nossa Senhora da Oliveira. No fundo, tal comprovava a existência de duas zonas urbanas autónomas, o que para efeitos defensivos obrigava a trabalhos suplementares.
Assim, no reinado do Mestre de Avis, D., João I, um importante facto ocorreu. Com efeito, fruto da dupla muralha ter tido que resistir a três cercos: em 1322, quando o Infante D. Afonso guerreava seu pai - D. Dinis; em 1369, quando as tropas de Castela, comandadas por Henrique II, invadiram a região de Entre-Douro-e-Minho; e em 1385, quando D. João I, montou cerco aos resistentes vimaranenses, foi decidido destruir a parte da muralha que dividia a vila baixa da vila alta. Unificava-se, assim, o burgo numa só vila: a de Guimarães, ao invés de existirem a Vila do Castelo e a Vila de Santa Maria.
Como escreve o portal visitguimaraes.travel "no século XIX, à semelhança do que aconteceu com o Castelo e com o Paço dos Duques de Bragança, também as pedras da muralha foram utilizadas como pedreiras para construção de diversos edifícios públicos e privados. Tal facto determinou a destruição de praticamente todas as torres e portas até meados do século XX, altura em que foram efetuadas novas destruições em benefício do traçado de novas vias rodoviárias."
Porém, a muralha continuará indissociável da realidade vimaranense...