Estávamos no início da temporada de 1960/61.
Antes do início do jogo com a Académica, ainda que lesionado, Edmur equipou-se a preceito para entrar na história do futebol português. Na verdade, o letal ponta de lança internacional brasileiro, iria receber a sua Bola de Prata, das mãos de Ribeiro de Reis, o director do jornal A Bola.
Nesse momento, para além do encontro com a história do jogador, Guimarães tornava-se na primeira cidade do Norte do país a ter um jogador a receber tal honraria. Para esse dia, a Amorosa encher-se-ia de adeptos exultantes com o feito e com as equipas perfiladas diante do camarote central, tanto Ribeiro dos Reis como Edmur profeririam discursos, para posteriormente e, na companhia dos directores Hélder Rocha e Júlio Martins, o primeiro entregar ao segundo o ambicionado troféu.
Edmur, na sua alocução, diria que "é a melhor recordação da minha carreira de profissional do jogo da bola. Sobretudo, porque se trata de um título e de um galardão que não são fáceis de conquistar."
Nesse momento, entrava na eternidade. Quanto ao jogo, com o craque na bancada, o Vitória venceria os estudantes por duas bolas a zero, com golos de Azevedo e de Romeu... um dia verdadeiramente inesquecível!