A BARBARIDADE A JEREMIAS QUE PODE TER IMPEDIDO UM CAMPEONATO INESQUECÍVEL...

Aquele Vitória de 1974/75 encantava!

Jogava bom futebol, possuía uma voracidade goleadora acima da média e um trio ofensivo capaz de causar inveja a todos os rivais, composto por Tito, Romeu e Jeremias, um goleador descoberto no Brasil.

Baseado nessa força goleadora, o Vitória fizera uma primeira volta do campeonato absolutamente extraordinária, fazendo sonhar com altos voos e levando a que no início da segunda volta, uma grande falange de apoio de vitorianos se deslocasse a Espinho.

Aí, a alinhar com Rodrigues; Ramalho, Torres, Rui Rodrigues, Alfredo; Custódio Pinto, Almiro, Abreu; Romeu, Jeremias e Pedrinho, tudo parecia correr mal. Assim, depois do golo inaugural de Washington, a recuperação, ainda, pareceu mais comprometida com a expulsão de Jeremias. Como escrevem os jornais das épocas, tal momento tratou-se de uma verdadeira barbaridade e que, além de ter lesado o Vitória naquela contenda, prejudicou a equipa nos cinco jogos subsequentes, com o goleador brasileiro suspenso.

Porém, a segunda parte, com a equipa já a perder por duas bolas a zero, reduzida a dez unidades, "cerrou os dentes, lutou até ao esgotamento, mas alcançou a glória: e quando assim é, o triunfo tem um sabor bem mais agradável". Triunfo esse, conseguido através de uma fantástica reviravolta realizada por homens de indómita vontade, e consubstanciada com golos de Bernardo da Velha na própria baliza, Romeu e Jorge Gonçalves.

Jeremias seria castigado com a inexplicável sanção de cinco jogos o que fez com que a equipa se ressentisse nas partidas em que que não actuou, perdendo dois e empatando outro... fruto de uma barbaridade de um árbitro em Espinho.

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