COMO EM LUÍS PINTO NÃO QUEREMOS COMETER ERROS PASSADOS...

São condições quase similares...

Armando Evangelista e Luís Pinto no momento da chegada ao Vitória.

Ambos jovens, provenientes de um bom trabalho efectuado na Liga 2.

Os dois a serem considerados pela crítica como muito promissores e a poderem conseguir ter uma carreira bonita no futebol.

Terão calhado na sorte, que por vezes é azar, de treinar o Vitória. Onde, por vezes, preferimos só ver o que está à frente dos olhos em vez de tentar perceber o que está para lá da montanha.

Recuemos ao ano de Armando, a época de 2015/16. Foi um ano de ruptura em que se perderam nomes como André André, Bernard, Jonatan Alvez, para não falar de Traoré e de Hernâni que deixaram a equipa a meio da temporada anterior. Uma equipa nova, sem a qualidade da anterior e que Júlio Mendes, em desespero, após o despedimento do técnico vimaranense, recorreu a Sérgio Conceição, já por esses dias, com algum currículo... e que houvera treinado o eterno rival. Apesar de algumas melhorias, Sérgio seria incapaz de apurar o Vitória para as competições europeias, protagonizando uma segunda volta agónica e cheia de percalços... como que a dizer que, provavelmente, com qualquer outro treinador o desenlace não seria melhor que aquele!

Regressemos ao presente. Falemos de Luís Pinto. Actual campeão nacional da Liga 2, algo que o actual campeão nacional, Rui Borges, não conseguiu. Relembremos, ainda, que quando este último chegou ao Vitória tinha mais um ano de experiência de Liga Nacional que o actual técnico dos Conquistadores.

Ou seja, deu o passo lógico numa carreira ascendente, tal como Evangelista o fez.

Porém, tal como este, deparou-se com um conjunto em reformulação. Consensualmente, pior do que aquele que na temporada anterior evoluía nos relvados nacionais. Mais do que isso, com uma profunda remodelação.

Com isto, não pretendemos defender Luís Pinto. Terá tido uma leitura destorcida do plantel vitoriano, querendo-lhe impor uma vestimenta táctica desajustada. Mas, também, percebeu o erro, tal como se viu na primeira parte de Moreira de Cónegos. Mais do que isso, ajustou os jogadores às posições, sendo só má-fé dizer-se que, por exemplo, Maga não jogou no seu lugar de sempre (lateral direito) e que Vando não entrou em campo para evoluir no posto para o qual foi contratado (extremo).

Assim, mais do que os lapsos e a lógica impaciência de quem não vence, haja confiança em quem detectou os problemas. Em quem, certamente, estaria muito mais feliz (não cremos que seja masoquista) se tivesse um Bruno Gaspar a 100% e centrais como Toni Borevkovic ou Filipe Relvas.

Contudo, infelizmente, não os tem e no Vitória, como sucede na maioria dos clubes, o treinador é pago só (!) para treinar. Por isso, em tempos já importantes para o desenrolar do campeonato, que exista a calma para ainda acreditar em quem tudo quer fazer para agarrar a oportunidade da sua vida. Também, pelo facto, da sua partida, poder acarretar algumas consequências nefastas para o Vitória, como mais uma indemnização a pagar e a inexistência de garantias que quem virá será capaz de fazer mais e melhor.

Por isso, que Sábado voltemos a ter um Inferno Branco... porque, naturalmente, o Vitória está descrente e a caminhar sobre brasas, o Arouca é uma boa equipa, e um novo tropeção será muito difícil de lidar! Entretanto, o campeonato parará e poder-se-á respirar... um suspiro que seja de alívio e de confiança e com maior tranquilidade para o que aí vem!

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