Nada mais justo...
Encerrar um capítulo que podia ter sido mais feliz pelo início...
O início na paradisíaca ilha de Malta, na 2ª pré-eliminatória da Liga das Conferências, frente ao Floriana. Para a história ficará a equipa que iniciou a temporada, treinada por Rui Borges e que entrou em campo com Bruno Varela; Alberto, Jorge Fernandes, Toni, João Mendes; Handel, Tiago, Nuno Santos; Jota, Nélson Oliveira e Mangas. Um onze que durante esta caminhada perdeu três jogadores, que acresceram às saídas de Manu e de Kaio César.
Porém, merecerá realce o facto do primeiro dos 86 golos apontados este ano, ter sido por Jota Silva, um homem que, em duas temporadas, tornou-se num ídolo para os vitorianos, quase ao nível de alguns nomes do passado.
Até por isso, esta caminhada mereceria ter terminado de uma maneira diferente. Para Jota, no baú das suas recordações, poder guardar que foi ele que deu saída a um ano inesquecível.
E, na verdade tinha tudo para o ser.
No Campeonato Nacional, o Vitória, apenas, foi manifestamente inferior ao FC Porto em casa e ao Sporting na última jornada do campeonato.
Na Liga das Conferências, jogou com três semifinalistas. Empatou com a Fiorentina e bateu na Suécia o Djurgardens. Quanto ao finalista Betis, em nada foi-lhe inferior no Benito Villamarin, numa das melhores exibições a nível europeu de sempre. Uma exibição que terá iludido tudo e todos, fazendo a equipa adoptar uma estratégia no jogo no D. Afonso Henriques que, manifestamente, fracassou.
Mas que seria desta equipa com os que partiram em Janeiro?
Onde teria chegado?
E, mesmo assim, onde erramos para nem sequer o quinto lugar ter sido alcançado? E não vamos falar no famigerado jogo do Farense, que esse foi um em trinta e quatro!
E que bonito teria sido o pontapé de saída de uma temporada que poderia ter sido inesquecível ter começado com um golo de Jota... o menino humilde que, ainda, hoje nos faz sentir felizes pelos seus feitos em Inglaterra.