Estávamos no primeiro dia de Novembro de 2020...
Vivíamos aquele surreal campeonato disputado com bancadas desertas por causa da covid 19 e o Vitória experimentava um ano de remodelação, fruto da limpeza que o presidente Miguel Pinto Lisboa, em conjunto com o director-geral Carlos Freitas, resolvera implementar.
Dessa experiência, já o treinador escolhido, Tiago Mendes, abandonara o barco, sendo substituído por João Henriques que teve estreia a prometer. Com efeito, graças a uma genialidade de Marcus Edwards obtivera um sempre saboroso triunfo frente ao Boavista...para, na jornada seguinte, sofrer uma igualmente sempre infeliz derrota caseira contra o Sporting de Braga.
Assim, aquele jogo em Barcelos, era aquela partida em que não era permitido novo deslize. Pela necessidade de afirmação da candidatura europeia. Pela estabilização do treinador que chegara com o comboio em andamento. Pela confirmação de uma equipa que deixava ainda dúvidas.
Assim, o Vitória entrou em campo com um onze... do qual, hoje, só resta Bruno Varela que ocupou a baliza nesse dia. À frente dele jogaram Zié Ouattara, Easah Sulliman, Abdul Mumin, Gideon Mensah. No meio campo actuaram Mikel Agu, Denis Poha e André André. Por fim, na parte mais adiantada do conjunto Conquistador foram escolhidos Jacob Maddox, Bruno Duarte e Ricardo Quaresma. Nesse Domingo à noite, o treinador João Henriques tinha ao seu lado no banco de suplentes Celton Biai, Sacko, Sílvio, Pepelu, André Almeida, Miguel Luís, Marcus Edwards, Noah Hohm e Rochinha, que haveria de resolver a partida no derradeiro minuto, apontando o segundo tento dos Conquistadores.
Antes disso, o Vitória abriria o activo na primeira metade, com "Quaresma apareceu no jogo e originou o lance do 0x1: Trabalhou com qualidade, cruzou de forma tensa e Bruno Duarte, mais lesto que Ygor Nogueira, desviou de forma certeira para golo, que os vitorianos ainda não tinham justificado."
A partir daí, o Vitória perderia o fulgor, permitindo que os galos avançassem no terreno, até empatar a partida, assumindo o completo controlo de jogo. Até que João Henriques resolveu jogar duas cartadas felizes, com as entradas em liça de Rochinha e de Marcus Edwards. "Num lance de contra-ataque e com a equipa de Rui Almeida fora de posição, o inglês serviu o colega de equipa para um remate colocado do português, que garantiu o segundo triunfo da era João Henriques." O Conquistador batia os Galos, pela última vez, até hoje...