I - Durante uma semana tivemos o retrato de que é o país desportivo. Um país em que se vive exclusivamente em função de três clubes, que têm de ganhar custe o que custar. Para isso, vale tudo, desde empolar supostos erros sofridos por estes, condicionar árbitros, ,fazendo-os viver um inferno na terra e assobiar para o ar quando outro clube que não um desses é prejudicado.
II - Depois, existe a apologia da mentira, feito por jornalistas e especialistas dessa área. Ontem, denunciamos um: Mário Figueiredo de seu nome, que trabalha na NOW e que, depois de já ter sido desmascarado após ter sido acusado os vitorianos de racismo, ontem tentou, conjuntamente com Francisca Laranjo, colar rótulos aos adeptos do "Guimarães." Esqueceram-se, porém, como habilmente se esquecem quando algo acontece dentro de campo, que Marco Ficcini não foi morto por vitorianos, que nenhum vitoriano sodomizou outro adepto e muito menos do próprio clube, que nunca alguém foi esfaqueado nas bancadas do D. Afonso Henriques ou que nunca um vitoriano matou alguém com um very-light... e ainda no jogo anterior se vangloriaram disso! Alguém que lembre essa gente...
III - E já que falamos em recordações e lembranças, o que dizer da adulação da imprensa pelo facto de Bruno Lage ter forçado dois jogadores a serem admoestados com cartão amarelo. Apressaram-se os abana-cabeças a dizer tratar-se de uma sábia jogada estratégica. Mas, lembramo-nos do que dizem quando tal sucede em outros clubes que é comportamento anti-desportivo, desrespeito e afins.
No fundo o que sucede, quando as equipas protegidas nos jogos europeus "estacionam o autocarro" e passa por "extraordinária estratégia, plena de sagacidade táctica, sendo que se for em Portugal uma equipa de parcos recursos financeiros, será "compoRtamento anti-desportivo", "anti-jogo" e o que mais se lembrarem de dizer...
IV - Tal, também, passará pela apologia dos clubes de sempre. Querem passar a palavra de um clube? Publicitem-no. Falem dele até à exaustão. Tornem os demais insignificantes. Ataquem-no, ridicularizem-nos, sem lhes dar tempo de contraditório e a passar mensagens falaciosas. Como a de uma pretensa grandeza contra emblemas com orçamento um centésimo inferior, mas que serve de desculpa em caso de derrota nas provas europeias. E tal também se aplicará às arbitragens, em que se queixam de serem serem prejudicados nessas competições, "por serem pequeninos", esquecendo-se do que acontece nas pugnas internas.
V - Posto isto, a única razão para acompanhar este triste e falso futebolzinho chama-se Vitória Sport Clube. Uma razão de superlativa importância, mas que justifica o cada vez olharmos menos para o que vai sucedendo em outros jogos e a acompanharmos com menor interesse os órgãos de comunicação social portuguesa. No fundo, não gostarmos de teatros encenados e com um fim sempre igual e bem cozinhado...