É verdade que um vitoriano não morre... Muda de bancada para de um patamar superior e supra-terreno continuar a emocionar-se com os feitos da equipa que, muitas vezes, desde que se lembra escolheu apoiar!
Porém, também é verdade, que nos questionamos como "certas coisas são possíveis."
A passada Quinta-feira, dia de jogo com o Betis, foi um dia para esquecer. Para além da derrota, pesada e inquestionável, a colisão frontal do facto futebol, sinónimo de vida, com o negrume da morte!
No final da partida, desolado pelo resultado, o coração do sócio Fernando Almeida, trai-lo-ia à saída do D. Afonso Henriques. Tentou-se salvá-lo. Manobras de reanimação. Desfibrilahdor. Nada seria possível para o resgatar da síncope. Partiria! Num dia que sonhara de festa e de felicidade pelo desejo de ver o seu Vitória a fazer história... e sem sequer poder ter tido a oportunidade de, pela última vez, festejar um golo dos Conquistadores.
Por isso, ontem, também terá sido por ele. Por alguém que, com 73 anos, certamente, terá vivido muitos inolvidáveis momentos do Vitória. Mas, que, acima de tudo, na sua nova bancada, terá, também, ficado feliz pelo regresso dos Conquistadores aos êxitos. Ontem, também, foi por ele... pela recordação de todos os vitorianos que foram felizes com os feitos do Clube do Rei, mas cuja tristeza de algum momento também os abalou.
E esse ponto terá faltado nos escritos dos dois últimos jogos...mas, nada mais justo que relembrar aqueles que partiram após terem vivido e sofrido em 90 minutos vitorianos!