COMO FRUTO DA HORRENDA ARBITRAGEM DE PORFÍRIO ALVES, O VITÓRIA TEVE DE LANÇAR DOIS PROMISSORES JOVENS QUE, POR OPÇÃO OU NÃO, NUNCA HAVERIAM DE AFIRMAR-SE NO FUTEBOL

A temporada de 1976/77 estava a ficar aquém das expectativas. O Vitória estava longe da capacidade demonstrada nos dois anos anteriores, em que só o juiz António Garrido impediu que esses exercícios fossem memoráveis.

Porém, seria um árbitro a desencadear esta história. Falamos de Porfírio Alves, que, na partida disputada frente ao Vitória FC, no estádio do Bonfim, resolvera apontar uma inexistente grande penalidade que custou a derrota aos Conquistadores. Confrontado pela indignação vitoriana, não teria pejo em expulsar Tito (no único cartão vermelho que viu na sua carreira), Pedrinho e Celton, bem como o delegado ao jogo, ao médico e ao massagista do Vitória.

Iria, pois, ter de ser uma equipa remendada a defrontar o Boavista naquele dia 27 de Março de 1977. Assim, os Conquistadores de Fernando Caiado entraram em campo com Sousa; Alfredo, Ramalho, Torres, Osvaldinho; Pedroto, Almiro, Abreu; Ferreira da Costa, Dinho e Zequinha. Destaque, pois, para a estreia do jovem Zequinha na equipa titular vitoriana.

Porém, num jogo sem golos, sendo considerado pelo jornal Notícias de Guimarães de 01 de Abril de 1977, "insípido e fastidioso, mal jogado." Por isso, o público "não teve ensejo para vibrar, salvo numa jogada em que Jorge Oliveira (ex-internacional júnior) fez tudo bem feito e só não fez golo porque o destino não quis." Aliás, numa partida sem grandes emoções, os "poucos momentos de vibração dos adeptos vitorianos, foram para protestar contra um ou outro atleta vitoriano que, ostensivamente, deixavam no olvido o prometedor Jorge Oliveira, endossando o esférico para companheiros que se encontravam em piores condições de êxito."

Todavia, nem Zequinha nem Oliveira haveriam de singrar no futebol. Assim, se o primeiro optou pela sua carreira profissional, tornando-se médico dentista até aos dias de hoje, o segundo sairia do Vitória no final dessa temporada, rumo à Académica de Coimbra. Depois de actuar por diversos emblemas de escalões inferiores, acabaria a carreira no final da temporada de 1991/92 ao serviço do Torcatense. Nem sempre o futuro esperado no futebol acontece...

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