XIII - RAPHINHA

Foi mais um dos muitos jovens brasileiros que, durante a história vitoriana, empreenderam a viagem de Terras de Vera Cruz para a Cidade Berço com a mala cheia de sonhos.

Proveniente do modesto Avaí, Raphinha foi a aposta vitoriana naquela segunda metade da temporada de 2015/16. Atento a sua idade, daria os seus primeiros passos na equipa B do clube, estreando-se numa derrota em Olhão frente à Olhanense. Seria o primeiro de dezasseis jogos em que actuaria na equipa secundária, ajudando-a a escalar lugares na tabela classificativa e dando nas vistas de tal forma que na temporada subsequente já era uma peça importante no xadrez de Pedro Martins na equipa A.

Com efeito, naquela temporada de 2016/17 seria uma das forças criativas de um Vitória que haveria de conquistar o quarto lugar e a presença na final da Taça de Portugal, ingloriamente, perdida contra o Benfica. Raphinha haveria de se destacar, principalmente, pelas assistências que foi realizando e que comprovaram o seu enorme talento... ainda que por limar!

A época seguinte seria a sua última no Vitória, antes de rumar ao Sporting. Apesar do fraco ano colectivo, com os Conquistadores longe dos lugares europeus, o extremo seria o sustentáculo ofensivo da equipa. A sua força motriz. Combinaria a imprevisibilidade do seu drible com a frieza da finalização, conseguindo apontar 18 golos e sendo considerado pelo conceituado jornal Gazzetta dello Sport como o segundo brasileiro mais decisivo na Europa, atrás de Neymar, então, no Barcelona.

Partiria no final dessa temporada, vendido ao Sporting por 6,5 milhões de euros. Na memória dos vitorianos ficou o jovem irreverente próprio da "molecagem", mas cujas primeiras palavras mal chegado a Portugal foram: “vou ser internacional brasileiro.” E não é que conseguiu? Hoje, além disso, é uma das estrelas e capitão de uma das maiores equipas do mundo, o Barcelona. E, tudo começou no Vitória...

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