A Taça Amizade durante anos significou o arranque da temporada para o Vitória e para o seu eterno rival. Porém, pouco antes do final do século findou, não mais sendo disputada. E tal levar-nos-á à brincadeira de três homens que ficarão para sempre na história do clube.
Manuel Cajuda chegou a Guimarães, numa altura difícil. Uma altura própria para homens de rija têmpera, ou então para heróis como se costuma dizer.
Haveria de ter o êxito conhecido de todos. Um êxito que o fez resgatar a equipa da zona média da Liga de Honra, catapultando-o para a pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Um trabalho de autor, que o fez ser recebido muitas vezes como um verdadeiro herói no D.Afonso Henriques.
Tal êxito permitia a muitas brincadeiras entre si e a sua equipa técnica, num trio em que as brincadeiras, mas com respeito, imperavam Assim, Nascimento, o seu adjunto, e o homem da casa Basílio, divertiam-se a provocar o líder da equipa sobre diversos temas. Entre eles, a Taça Amizade, que já não se disputava há mais de uma dezena de anos, quando Cajuda chegou a Guimarães.
Para isso, Nascimento, o fantástico médio das melhores equipas dos anos 80, tinha uma curiosa teoria explicitada no jornal do clube: " - Pode escrever que quem acabou com a Taça Amizade foi o Manuel Cajuda. Na altura, o Vitória ganhava sempre. No primeiro ano de Cajuda, no Braga, o Vitória perdeu e o Presidente Pimenta Machado resolveu acabar com a brincadeira."
Depois da provocação, Basílio colocaria a água na fervura ao dizer que "essa Taça, no meu entendimento, não tinha razão de ser. A não ser a distância não há nenhum ponto de união entre os clubes. E, ainda mais ridículo se tornava ao denominar-se como Taça Amizade."
Quem terá razão, sabendo que a última edição ocorreu em 1996 e, após os adeptos vitorianos terem sido mal recebidos na cidade vizinha, um deles em Assembleia-Geral, foi ao microfone pedir a Pimenta para acabar com a "brincadeira"?