PELA PRIMEIRA VEZ NUMA TEMPORADA, TRÊS TREINADORES

O Vitória estava há dez anos no principal escalão do futebol português. Sedimentava-se na primeira divisão, ainda que naquela temporada de 1952/53 fosse viver uma experiência inovadora nos seus trinta anos de história: ter três treinadores numa temporada.

Na verdade, muitos factores contribuíram para uma temporada que foi um verdadeiro descalabro, a ponto de entre a oitava e a décima oitava jornada do campeonato, os Conquistadores só terem vencido uma partida, frente ao Barreirense, graças a um golo de Caraça.

Para isso, muito influiu a venda do goleador da temporada anterior, António Teixeira, de pouco valendo as contratações de homens que entraram na história vitoriana como Cesário e, principalmente, o açoriano Silveira.

Assim, o treinador Sandor Peics, que transitava do ano anterior, sentiu inúmeras dificuldades, vencendo, apenas, dois jogos na primeira volta do campeonato: triunfou perante o Estoril e frente ao Boavista, não resistindo à ditadura dos maus resultados.

Seria despedido para se tentar um regresso ao passado. Alberto Augusto, o treinador que conquistara campeonatos regionais, que levara o Vitória pela primeira vez à Primeira Divisão e à final da Taça de Portugal. Porém, não seria com o velho mestre que a estabilidade seria alcançada.

A mesma seria alcançada com Cândido Tavares, um antigo guarda-redes do Casa Pia e do Benfica. Conseguiria levar a equipa a um tranquilo oitavo lugar, classificação que haveria de repetir no ano seguinte. Entretanto, criou as célebres classes de ginástica, que ocuparam muitos jovens vimaranenses e vitorianos na prática da actividade física, nesses anos.

Contudo, essa temporada haveria de entrar na história...pela primeira vez, o Vitória teve três treinadores numa temporada.

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