Era em quem Mário Wilson, naqueles idos anos 70, depositava esperanças para ajudar a catapultar a equipa vitoriana paras as competições europeias, um objectivo que parecia escapar entre os dedos ano após ano.
Com efeito, Manuel Ribeiro Chagas, um brasileiro conhecido por Mané houvera sido determinante nessa tarefa nos anos anteriores no Boavista. Aliás, fez parte das equipas que, com a ajuda de um tal de António Garrido, impediram o Vitória de conquistar o apuramento europeu na época de 1974/75 e de vencer a Taça de Portugal no exercício seguinte.
Chegaria a Guimarães na temporada de 1977/78 para estrear-se a marcar logo na primeira jornada frente ao Sporting de Espinho, naquele que seria o primeiro dos dezasseis golos que marcou nesse ano. Seria o cartão de visita de um ponta de lança demolidor até à 16ªjornada do Campeonato, período em que facturou 12 golos.
Porém, nessa etapa da prova, em Espinho, depois de apontar o golo vitoriano que reduziu a desvantagem para a diferença mínima, seria expulso, nos dizeres do jornal Notícias de Guimarães de 17 de Fevereiro de 1978, "por um árbitro inexperiente, incapaz de meter os atletas na ordem e demasiado nervoso." A partir daí, depois de ter regressado do castigo que lhe foi aplicado, baixaria a sua produção, ainda que na derradeira jornada dessa prova, frente à equipa que abandonara para representar o Vitória, apontasse o seu único bis.
A época seguinte, aquela em que Mário Wilson se incompatibilizaria com o Vitória seria de pior produção goleadora. Apontaria 8 tentos, apenas, sendo que dois foram apontados para a Taça de Portugal frente ao Bucelense. Despedir-se-ia do Clube do Rei com um tento na última jornada, no empate a dois, obtido no Restelo, frente ao Belenenses.
Rumaria ao Sporting de Espinho, após 49 jogos no Vitória que significaram 24 golos... uma média nada de desprezar!
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