Diz o povo do alto da sua razão infinda, que a verdade é como azeite, pois vem, sempre ao de cima.
Verdade, se diga, contudo, que no futebol português nem sempre será assim. Mas, felizmente, neste caso assim aconteceu.
Como todos se lembrarão, após o jogo com o FC Porto, dois jornalistas do periódico desportivo, Record, de nome Pedro Gonçalo Pinto e Mário Figueiredo, resolveram lançar a atoarda que os adeptos vitorianos tinham feito o ulular dos símios para ofender o jogador adversário, Samu Omorodion. Uma mentira escabrosa, facilmente desmentida, até pelo facto do relatório do árbitro, do delegado ao jogo e das próprias forças policiais nada referirem quanto ao sucedido. Terá sido um caso da alucinação de quatro pares de orelhas, certamente maldosos e desejosos de arranjarem um caso para venderem mais uns jornais. Refira-se que se o Pinto ainda se calou não mais voltando ao assunto, o Figueiredo ainda reiterou a atoarda na televisão do grupo onde trabalha, o que torna os factos mais escabrosos e dolosos... reforçou a difamação e a calúnia que fabricou!
Porém, tendo tomado conhecimento dos factos e sendo eles, caso se comprovassem, merecedores de uma pena, o Conselho de Disciplina decidiu abrir um inquérito... que, como já se previa, deu em nada! O processo foi arquivado e o nome do Vitória, apesar das tentativas de dois homens que usam o poder que uma caneta dá de modo malévolo e indigno da arte que escolheram, não sairá manchado.
Ora, se nos congratulamos por isso, atendendo até nesta página, diariamente, tudo fazermos para engrandecer um clube centenário, cumpre lembrar. Além do clube, existe uma SAD que movimenta milhões de euros. A falsa acusação levada a cabo, obviamente, que causou danos reputacionais e de imagem a uma empresa que se relaciona com inúmeros skateholders. Deverá o Vitória, de imediato, avançar com uma indemnização pelos danos não patrimoniais causados pela invenção, de modo a que tais factos não se repitam futuramente.
Porém, outra questão daqui surge! O presidente vitoriano António Miguel Cardoso, na última entrevista dada, pasme-se ao jornal que patrocinou a calúnia, garantiu agir contra quem a escreveu. Mas, como? Irá processar o jornalista que cometeu um crime ao serviço da entidade a quem deu um exclusivo? Estavam os escribas a trabalhar em nome próprio ou para uma entidade que se apressou a publicar a cabala sem cuidar se a mesma era verdadeira? E, como se anuncia essa intenção nas páginas do próprio infractor? E,já agora, porque o orgão pecaminoso foi premiado com uma entrevista de fundo, quase como dando prémio. quem enxovalhou o bom nome de uma entidade centenária?
Apesar da primeira (grande!) vitória estar conquistada, exige-se a seguinte... a responsabilização da incompetência que colocou o Vitória nas más línguas do mundo e do respectivo órgão de comunicação social, que ao invés foi premiado! A bem de um nome que tem 102 anos...
* print screen da notícia do Grupo Guimarães Digital