Aquela Assembleia-Geral de Fevereiro de 1979 parecia destinada a ser, apenas, mais uma. Uma destinada a aprovar o relatório e contas do ano anterior bem como a eleição da Assembleia-Delegada, um órgão existente nesses anos, para o biénio seguinte.
Assim, como escreveu o Notícias de Guimarães de 16 de Fevereiro de 1979 "foram aprovados, por aclamação, o Relatório, as Contas, o parecer do Conselho Fiscal e ainda o Relatório e Contas da Comissão de Fundos." Uma assembleia tão tranquila e destinada a ter tão pouca história que o jornal Povo de Guimarães da data aludiu à parca presença de associados na mesma.
Contudo, depois da reunião-magna ter tido todos os seus pontos discutidos e aprovados, " tomou a palavra, Gil Mesquita, para efectuar uma importante declaração." Assim, começou por dizer que "estamos a viver um momento histórico, anunciou a aquisição de cerca de quarenta mil metros quadrados de terreno - nas imediações do Campo de Jogos da Unidade -, destinados à implantação do Ginásio-Sede e de dois campos de futebol." Uma novidade que se percebeu, desde logo, seria determinante no futuro do clube que fez com que "uma estrondosa ovação coroou as palavras do referido dirigente, o qual afirmaria ainda: tudo isto é fruto de um trabalho insano. A hora é de fé e de esperança e vamos partir cheios de fé e de esperança para a inauguração do Ginásio-Sede".
Contudo, apesar de tudo mudar com a futura presidência de Pimenta Machado que daria um novo rumo, ainda mais visionário, ao espaço, a verdade é que, naquele momento, Egídio Pinheiro, antigo presidente da direcção e presidente da Assembleia-Geral, "congratulou-se com a boa-nova", pois o "Vitória passa a dispor de algo significativo no quadro do seu Património... e encerrou a sessão, como vem sendo tradicional, com VIVA O VITÓRIA, calorosamente secundado por todos os presentes."
O Vitória estava no caminho da mudança... absolutamente histórico!