Foi um dos actos marcantes daquele ano de 1979...e que acto, demonstrando a influência dos Conquistadores nas, até 1974, províncias ultramarinas.
Assim, como escreveu o jornal O Povo de Guimarães, de 31 de Janeiro de 1979, decorrente "duma iniciativa de um grupo de empresas exportadoras vimaranenses que entenderam deslocar a principal colectividade desportiva da sua terra para alicerçar relações que são do interesse comum para Portugal e para a nóvel Nação de expressão lusa.", aproveitando o facto do campeonato nacional ser interrompido em virtude de compromissos da selecção nacional. Na verdade, as empresas vimaranenses, que foram sete, para levarem os seus desígnios em frente contaram com a colaboração dos Armazéns do Povo, da capital guineense, "constituindo, por isso, louvável acção para o estreitamento de relações comerciais comuns."
Aliás, existia um interesse tão vincado na viagem, que a comitiva vitoriana, antes da partida para o continente africano, rumou à Câmara Municipal, dando um significado, para além do desportivo, à digressão, pois com esta viagem procurava-se a "renúncia a ódios que anteriormente afastaram dois povos que podem, dentro dos desígnios duma leal cooperação, ajudar a Paz entre nações." A autarquia, na pessoa do seu presidente, António Xavier, "ofertou (...) um magnífico troféu intitulado "Taça Câmara Municipal de Guimarães" para ser disputado num dos encontros, uma bandeira da cidade e várias medalhas comemorativas de datas históricas para serem entregues às entidades da antiga colónia portuguesa, comprometendo-se João Mota Ribeiro desempenhar a missão com orgulho e muita satisfação." Acrescente-se que este, para além de membro da comitiva vitoriana era membro da Assembleia Municipal pelo que foi incumbido de entregar uma mensagem ao Presidente da Câmara de Bissau. Aliás, a digressão era tão importante que "a comitiva vimaranense também é portadora de uma outra mensagem do General Ramalho Eanes, Presidente da República Portuguesa, para ser entregue a Luís Cabral, Presidente da República da Guiné Bissau."
Um verdadeiro orgulho...
Assim, partiram os Conquistadores para Bissau, com uma comitiva chefiada pelo presidente Gil Mesquita, devendo realizar no estádio Lino Correia duas partidas: uma contra o Benfica de Bissau e outro contra a selecção nacional do país.
Na Guiné, os Conquistadores, além de terem cumprido as missões fora de campo de modo exemplar, dentro dele comprovariam os seus predicados ao vencerem os dois desafios, o que, também, era moralizador para o regresso do campeonato que previa um excitante derby minhoto.
Como João Mota Ribeiro escreveu no referido jornal de 14 de Fevereiro desse ano, na análise à viagem, "o Vitória ganhou amizades, prestou um grande serviço a Guimarães, honrou Portugal. O Vitória está de parabéns."