COMO UM RESULTADO QUE ATÉ SOUBE A DESILUSÃO, SELOU UM FEITO HISTÓRICO VITORIANO...

Aquela temporada de 1965/66 estava a ser absolutamente extraordinária.
Com o treinador francês Jean Luciano a orientar a equipa e nas asas da genialidade dos brasileiros Djalma e José Morais, o Vitória não conheceu a derrota nas oito primeiras jornadas do campeonato, consubstanciadas em seis triunfos e dois empates, um deles bastante saboroso que foi o empate a um em Alvalade.
Sofreria a primeira desilusão à nona jornada em casa frente ao FC Porto para, logo de seguida, voltar a ser batido no Estádio da Luz, casa do Benfica. A partir daí, não mais seria derrotado na primeira fase do campeonato, ocupando os lugares mais altos da tabela classificativa. História essa que poderia ter sido mais marcante se à passagem da décima terceira jornada, momento de viragem do campeonato, tivesse vencido em Évora, o Lusitano, na altura penúltimo classificado da tabela, o que significaria que, à entrada da segunda volta da prova máxima do futebol português, ocuparia, pela primeira vez, isolado o segundo lugar desta.
Porém, o empate a um graças ao golo de Djalma permitiria, apenas, que ficasse igualado nessa posição com o Benfica.
Valerá a pena citar Raúl Rocha no Livro 75 Anos de História: "O início do campeonato continua brilhante e à 4ª jornada, o Vitória é guia isolado, após ter ganho em Aveiro (2-1) com um livre de Peres no último minuto e neste campeonato só perde uma vez em casa, com o FC Porto.... Ainda na primeira volta, há um Vitória/Braga (6-2) com uma exibição fabulosa de Djalma que ficou na retina dos vitorianos. No final da 1ª volta, o Vitória é 2º."
Porém, como tantas vezes sucedeu, a segunda volta não haveria de corresponder à excelência da primeira. Cinco desaires nos treze jogos desta fase do campeonato atirariam os Conquistadores para o quarto lugar. Mesmo assim, um desempenho assinalável para uma equipa inesquecível...
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