COMO UM PREGO COMPLICAVA A VIDA A VIRGÍLIO (E AOS DEMAIS JOGADORES DO VITÓRIA) NAQUELA DÉCADA DE 30...

Falemos de Virgílio Freitas. Lenda vitoriana dos primórdios do clube, campeão de iniciados em 1927, naquele que foi o primeiro título da história centenária do clube. Mas, além disso, Virgílio foi campeão distrital pelo Vitória em 1934, na histórica conquista do clube, e nele se mantendo como jogador até 1940.

Depois de abandonar a carreira continuou ligado ao Vitória, chegando a ser treinador principal quando Alberto Augusto abandonou a equipa em 1945/56 ou como treinador adjunto de Cândido Tavares, uns anos mais tarde.

Porém, para além desse percurso, Virgílio e demais colegas eram alvo de uma matreirice invulgar que, por vezes, impedia que manifestassem a sua superioridade que, em condições normais, era visível . E foi a aludir a esse modo "manhoso" de tentar vencer os bravos atletas vitorianos a que se referiu numa entrevista ao jornal do Vitória no ano 2000, já com mais de noventa anos.

Segundo ele, tal passava-se em Barcelos, nos desafios contra o Gil Vicente e tinha como objecto um prego... um simples prego. "Quando íamos lá jogar, havia um jogador que tinha um prego enterrado no chão. Esse prego servia, para quando nós tivéssemos a bola, pegar nele e picar-nos para não conseguirmos passar por ele. Depois, íamos fazer queixa ao árbitro, mas quando ele ia ter com o jogador, já ele o tinha guardado no chão. Mesmo connosco a procurarmos o prego, não o encontrávamos, mas na jogada seguinte lá estava ele outra vez."

Outro futebol, outros tempos, mas nada que colocasse em causa a superioridade vitoriana sobre as demais equipas naquela década de 30...

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