COMO SE PERDEM DOIS PONTOS POR CULPA PRÓPRIA MAS, TAMBÉM, POR CULPA DE OUTREM...

I - Ponto indiscutível: o Vitória enfrentou uma das piores equipas do campeonato e foi incapaz de ter soluções para se colocar a salvo de qualquer imponderável. Colocou-se por duas vezes em vantagem e por razões diversas consentiu uma igualdade que representou o quarto jogo consecutivo no campeonato sem vencer. Ainda que não perca há três partidas, a verdade é que o pecúlio pontual de três pontos fez os Conquistadores resvalarem para um sexto lugar que em nada se coaduna com o têm mostrado na Europa do futebol.

II - A justificar essa realidade, a facilidade como a equipa vitoriana é castigada pelas decisões dos homens do apito. Primeiro frente ao Boavista com duas grandes penalidades duvidosas para lá do tempo de compensação, sendo que uma delas, o analista e antigo árbitro Jorge Coroado considerou ter sido mal assinalada. Hoje, António Nobre, um péssimo árbitro feito in vitro como agora é moda, prejudicou seriamente os interesses vitorianos ao inventar uma grande penalidade a favor do Estrela num lance igual a tantos outros e na última jogada do desafio a não ser coerente com a decisão tomada minutos antes e a sonegar um ao Vitória. Estranho que depois de ter ganho em Braga, em 4 jogos, o Vitória ter tido três grandes penalidades contra si... apetece perguntar se os quatro primeiros classificados da Liga são decididos por decreto regulamentar antes do início do campeonato?

III - Porém, não se pense que tal justificará a desilusão do empate. Voltando aos jogadores que deixou a descansar na Suécia, à excepção de Bruno Varela, Toni Borevkovic, Handel e Kaio César, o Vitória foi durante a primeira parte uma equipa estranhamente abúlica. Pouco agressiva. Sem soluções para furar o último reduto do Estrela. Sem efeito surpresa. E quando o teve, na cobrança de um canto foi feliz... para, de modo inopinado, sofrer um golo na jogada seguinte, que seria a última da primeira parte.

IV - A segunda parte seria idêntica à primeira. O Vitória a dominar o jogo, com dificuldades em criar oportunidades, em ferir o adversário, até que do céu caiu uma falta sobre Samu, que António Nobre (vá-se lá saber como!) decidiu assinalar. Era a grande penalidade que Tiago Silva haveria de cobrar para colocar os Conquistadores em vantagem.

V - Porém, a equipa voltou a ficar atemorizada. A recuar no terreno. A permitir o empertigamento estrelista. A demonstrar pouca ambição em decidir o jogo. E como quem recua, arrisca-se, haveria de surgir o momento que selou o resultado. Uma grande penalidade cometida por Manu, ainda que se tenha de dizer que se todos estes lances na área na sequência de bolas paradas começarem a ser marcados, provavelmente, o futebol passará a ter resultados parecidos com os do hóquei em patins.

VI - Acordou o Vitória que, ainda, poderia ter chegado ao terceiro golo. Até que na última jogada do desafio, Nobre assumiu que os Conquistadores só o podem ser de pleno direito no estrangeiro, onde conseguiram o que mais nenhuma equipa portuguesa alcançou em 70 anos. Naturalmente, sem árbitros portugueses e com pouca ou nenhuma menção dos serviçais pasquins, sempre dispostos a agradarem aos três de sempre e a quem gratifica para tal suceder. O modo escandaloso, com a ajuda do VAR, como sonegou uma grande penalidade ao Vitória entrará, certamente, para os mais caricatos lances do campeonato...e bem perto do Berço esfregou-se as mãos pela estratégia gizada estar a dar bom resultado. Nem sempre quem é melhor acabará os campeonatos melhor posicionado...

VII - A verdade é que se perderam mais dois pontos. A verdade é que urge ser matreiro para obstar a todas as diatribes que o Vitória vai sendo alvo. A verdade é que não apetece andar com este triste futebolzinho às costas, a trabalhar para os tubarões enriquecerem na Liga dos Campeões e a ser "assaltado eternamente". Aliás, em tom de de desafio, já que as claques irão boicotar a partida da Taça da Liga, porque não apresentar a equipa B que voltou a dar boa conta de si? Um protesto sério e afirmativo como o Vitória tem vindo a ser tratado por esta Liga, que, decididamente, não o merece...

VIII - VIVA O VITÓRIA SEMPRE... HOJE MAIS DO QUE NUNCA... MESMO A JOGAR MAL CAPAZ DE CAUSAR A NECESSIDADE DE ÁRBITRO (POUCO) NOBRE DE O PREJUDICAR!

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