Estávamos na temporada de 1987/88, uma temporada que se desejava de confirmação do extraordinário desempenho da anterior. Porém, em Guimarães, já não moravam nem o terrível e inesquecível goleador Paulinho Cascavel, nem o treinador Marinho Peres. Nos seus lugares surgia como treinador René Simões e novos atletas como René Weber, Kipulu e, ainda um muito jovem e no banco de suplentes, Caio Júnior.
Deste modo, depois de terem-se estreado no exercício a empatar a dois na Póvoa de Varzim, esperava-se que o desafio referente à segunda jornada frente ao FC Porto fosse a "prova dos nove" quanto ao valor da equipa. Pela frente, estava o campeão europeu em título, o FC Porto, o que para a equipa composta por Jesus; Rui Vieira Miguel, Nené, Nascimento; Carvalho, René Weber, Adão, N'Kama; Kipulu e Ademir poderia significar cuidados acrescidos e trabalhos redobrados.
Porém, nessa tarde de 30 de Agosto de 1987, como escreveu o jornal do clube do mês subsequente, ao Vitória "terá faltado um pouco de sorte e de acutilância." Ainda assim, "para quem temia o superpoderoso campeão europeu acabou por verificar que o Vitória reduziu o dragão a um mero moscardo."
Terá sido, mesmo, o melhor jogo sob o comando de René Simões, já que "actuando como um todo, o Vitória controlou o seu antagonista não o deixando pôr o pé em ramo verde". Tal levou a que as oportunidades surgissem por Kipulu, N'Kama através de um pontapé livre (como não poderia deixar de ser), mas sem que se conseguisse que a bola beijasse as malhas da baliza defendida por Mlynarczyc.
No final, o empate a zero "acaba por ser lisonjeiro para os portistas", mas "permitiu provar que em Guimarães está em formação uma grande equipa (...) que pode ir bastante longe neste alargado campeonato..." Puro engano! Nem René Simões haveria de durar muito, nem este campeonato passaria a constar como um daqueles de gratas recordações vitorianas!
Tags:
1987/88