COMO O VITÓRIA SECOU O BENFICA, NUMA GRANDE TARDE DE PEDRAS, E SE PROCLAMOU "QUASE O MELHOR DA EUROPA"...

Aquela temporada de 1960/61 correu sobre rodas no Vitória...

Os comandados de Artur Quaresma haveriam de conquistar pela primeira vez na sua história a quarta posição da tabela, numa campanha a todos os títulos extraordinária.

Nessa caminhada, entre outros resultados merecerá destaque o triunfo por duas bolas a uma sobre o Benfica que, nesse ano, haveria de sagrar-se pela primeira vez campeão europeu.

Estávamos a 22 de Janeiro de 1961 e o Vitória a alinhar com Silva; Caiçara, Daniel; Trenque, Silveira, Virgílio; Augusto Silva, Pedras, Edmur, Romeu e Azevedo, obteve, segundo o Notícias de Guimarães de 29 de Janeiro de 1961, "um grande triunfo! Um triunfo de uma equipa que sabe jogar futebol; um triunfo do brio e da vontade, do espírito de sacrifício e do apego à luta".

Uma exibição extraordinária que subjugou aquela equipa que, naquele momento, era a mais forte de Portugal e que até nem jogou mal. Porém, mereceu destaque a outra equipa "agigantada por um querer indomável e inegavelmente superior ao seu adversário". Os Conquistadores fizeram, pois, uma partida de nível superlativo, numa tarde em que se destacaram os marcadores dos dois golos vitorianos, Augusto Silva e Pedras, que no final da época seguinte haveriam de se transferir para a Luz.

Nesse dia, o jovem Pedras, segundo o Mundo Desportivo da altura, "levantou cabelo, empertigou-se, tornou-se irreverente e tal como os garotos ladinos esfarrapou-se por pregar uma partidinha aos encarnados. O certo é que o conseguiu, aparecendo em dado momento, quase de forma sobrenatural, para escamotear a bola a dois defesas contrários e enviar a Costa Pereira um cartão de visita no qual rubricara: este é um golo de Pedras!"

O outro tento, por intermédio de Augusto Silva selaria uma reviravolta em resposta ao tento de Santana que parecia encaminhar o conjunto benfiquista para um triunfo, cancelado pela genialidade dos dois jovens vitorianos.

No rescaldo, uma publicação festejava o triunfo vitoriano, apodando o emblema Conquistadora " como quase o melhor da Europa".

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