Já aqui fomos escrevendo do hiato competitivo que o Vitória experimentou de 1928 a 1931. Um hiato levado pelo facto do clube não ter onde jogar, estar a sofrer de uma atroz desorganização administrativa e vários sócios, desmotivados, desligarem-se da vida do clube, fazendo com que a existência dele perigasse.
O ano de 1932 poderemos, por isso, dizer que foi o da regeneração. Surgiu o Benlhevai, reduto estável do clube durante cerca de 14 anos, até em 1946 aparecer a Amorosa. A equipa passou a competir nos campeonatos distritais e a formar a base que haveria de dois anos depois dar frutos, vencendo o campeonato distrital.
Porém, a meio desse ano, o Vitória, ainda, não tinha treinador, algo que haveria de suceder, pouco tempo depois, com o húngaro Genecy. Não obstante isso, em Junho de 1932, a equipa vimaranense ainda não possuía qualquer orientação técnica, pelo que o jornal Notícias de Guimarães, atendendo a que "a coisa que mais preocupa os aficionados do Foot-ball é a constituição do Grupo de Honra do Vitória Sport Club" e "querendo facilitar a acção da Exma. Comissão Administrativa desta colectividade desportiva, uma vez que não conseguiu nomear um Conselho Técnico ou escolher um Capitão-Geral, resolvido fica ouvir a opinião de todos os verdadeiros desportivas vimaranenses que responderão ao inquérito seguinte..."
Este era composto por quatro perguntas e, nos tempos actuais, jamais apareceriam num jornal para que quem as mandasse as seguisse...ainda que fosse sob a forma de ajuda.
Deste modo:
" I - Quantos membros devem compor o Conselho Técnico?
II - De quem, entre os vimaranenses, julgam aptos a ocupar esse Conselho?
III - Quem deve exercer as funções de Captain-Geral?
IV - Qual a melhor linha para o 1º Grupo do Vitória, conhecidos os recursos dos seus jogadores?"
Outros tempos... sendo que alguns vimaranenses chegaram a ajudar os dirigentes vitorianos, respondendo a estas questões no referido jornal...
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