COMO UMA DAS MAIORES ESTRELAS DO FUTEBOL NACIONAL DE ENTÃO ENCANTOU OS VITORIANOS...

Estávamos na preparação do distrital de 32...

O Vitória afadigava-se em particulares, tendo, como já escrevemos, disputado o seu primeiro jogo internacional perante o Deportivo Guardez de Espanha.

Logo de seguida, outro desafio haveria de gerar um grande entusiasmo que contava nas suas fileiras, Carlos Alves, avô de João Alves que viria a ser treinador do Vitória e que se destacava por actuar de luvas pretas, numa imagem que o neto viria a adoptar.

Bastará ver como o Notícias de Guimarães, de 05 de Junho de 1932, o descreveu: "Carlos Alves é o exemplo do jogador magníifico. Profundamente conhecedor, duma segurança absoluta e incapaz duma jogada má, é bem um player na verdadeira acepção do termo, um desportista eleito para o Foot-ball. Admirado por nacionais e estrangeiros, e muito justamente, não perdeu ainda as qualidades que o reputaram como um dos azes, nem em nada desmerece o crédito firmado quando da ida do team nacional às Olimpíadas."

Por isso, o Benlhevai, naquele dia registou uma verdadeira enchente, pois "todos ansiavam vê-lo, admirá-lo em suas jogadas de mestre e apreciá-lo como entraineur de um team de Football." Assim, inclusivamente, "não faltou a elegância femenina, alacre e bizarra, nem o entusiasmo dos apaixonados do jogo da bola."

Para a história, ficou a equipa utilizada pelo Vitória no prélio: Ricoca; Ferreira, Martinho; Paredes, Constantino, Mário; Virgílio, Freitas, António, Machado e Jacinto, que perderia por uma bola a zero. O golo haveria de surgir na primeira metade da contenda, devendo-se "à morosidade e não intervenção dos defesas vimaranenses."

O Vitória haveria de perder, mas aquele dia ficaria marcado pelo confronto com um dos melhores jogadores portugueses da altura e que haveria, inclusivamente, de ficar na história do futebol nacional e pela boa réplica dada!

 

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