Aquela temporada de 1958/59, que era de regresso ao principal escalão do futebol português, apôs três anos passados no segundo escalão, não começara da melhor forma por culpa da goleada sofrida no estádio da Luz na jornada inaugural.
Porém, depois disso, a equipa soubera recompor-se vencendo em casa, o ainda considerado grande, Belenenses e no Barreiro, o sempre difícil Barreirense. Assim, na quarta jornada, o sempre apetecível Clássico do Minho era aguardado com entusiasmo e expectativa, atendendo aos bons resultados conquistados pelos homens treinados por Mariano Amaro.
A alinhar com Sebastião; Daniel, Abel; João da Costa, Silveira, Vaz; Bártolo, Edmur, Ernesto, Carlos Alberto e Rola, a equipa vitoriana demonstrou, segundo o Notícias de Guimarães de 12 de Outubro de 1958, que "a valia dos seus actuais elementos, ainda, felizmente, salvo uma ou outra excepção (...) tem possibilitado exibições convincentes, de criar o entusiasmo nos seus adeptos."
Tal exibição frente ao eterno rival seria consubstanciada com três golos, apontados por Edmur e dois por Ernesto, graças à preparação da equipa "quer física, quer técnica, está a ser orientada em bom sentido." Por isso, "a opinião de que o Vitória teria um início de prova aflitivo, pois aparentava-se, como possível aos seus adeptos, que os primeiros pontos só seriam obtidos na 4ª jornada precisamente, esta..." Tal não seria assim e com aquele triunfo sobre o eterno rival "a equipa vimaranense já traz consigo seis preciosos pontos, que a colocam, para mais ainda, no lugar mais elevado da classificação", ao lado do Benfica.
A destacar-se um nome: Ernesto. "... O nosso brioso avançado centro de uma utilidade notável: tecnicamente colaborou da melhor forma nos lances mais bem urdido do ataque e fez dois golos; no plano da aplicação ao jogo, fala por si este facto: Ernesto perdeu 3,200kgs durante o encontro."