sábado, 5 de outubro de 2024

COMO O PRIMEIRO PONTO DAQUELA ÉPOCA, COM JANOS BIRI AO LEME, NÃO SIGNIFICOU QUALQUER TRANQUILIDADE, SERVINDO, ALIÁS, PARA UMA PREMONIÇÃO QUE (INFELIZMENTE) QUASE SE CONFIRMOU!

A temporada de 1949/50 pressupôs uma alteração no comando técnico do Vitória.

Como escreveu o Notícias de Guimarães de 24 de Julho de 1949,

"quando tudo parecia adormecido no mundo da bola, eis que surge a agradável notícia que a Direcção do Vitória tinha contratado para a preparação das suas equipas de futebol um dos mais competentes técnicos da especialidade que actualmente existem em Portugal." Era Janos Biri, um húngaro, naturalizado português, e que no Benfica houvera conquistado vinte e três títulos.

Não teria vida fácil para confirmar os seus pergaminhos, com o Vitória só a conseguir vencer uma partida até à sétima jornada do campeonato. Sê-lo-ia, contudo, contra o eterno rival, por três bolas a uma numa grande tarde de Custódio que bisou, tendo sido o outro golo vitoriano marcado por Teixeira da Silva.

Porém, o resultado que poderia desencadear a esperança vitoriana numa boa temporada, que não viria a suceder, classificando-se os Conquistadores no décimo segundo posto entre catorze equipas participantes na Primeira Divisão, ocorreu a 16 de Outubro de 1949, numa partida frente ao FC Porto, mas que tratou logo de ser desmentido por quem assistiu ao jogo.

Nessa tarde de Domingo, com o Vitória a alinhar com Silva; Ferreira, Francisco Costa; Armando Ramos, Martim Magalhães, Cerqueira; Rebelo, Miguel, Custódio, Franklim e Teixeira da Silva, "o encontro, presenciado por multidão considerável de adeptos dos dois grupos, valeu apenas pelo entusiasmo e vivacidade com que foi disputado parte a parte...". Todavia, "tecnicamente pouco representou", sendo que "de um lado e de outro a preocupação dominante era não perder."

O Vitória, esse, andou duas vezes atrás no resultado, conseguindo o empate a dois graças aos golos de Custódio e Rebelo. Não obstante isso, não conseguiu o triunfo, pois "o seu ataque, como de costume, na zona de remate, foi sempre de uma lentidão e ineficácia espantosas." Tal levava ao lamento que "parece impossível que daqueles cinco homens, nem um só se decida atirar à baliza com convicção." Por isso concluía-se que, pelo nervosismo patenteado por Valongo, o guarda-redes contrário, que se este fosse mais testado outro resultado poderia ter surgido.

Por fim, ficava a cominação que se haveria de confirmar, atento o sofrível campeonato. vitoriano, com apenas sete triunfos obtidos em vinte e seis jogos: "É, pois, absolutamente, preciso mudar de rumo, se não quisermos ter sempre presente o espectro da lanterna..." premonitório, no mínimo!

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