COMO A GRANDE NOITE DE NENO, LEVOU O VITÓRIA A MARCAR ENCONTRO COM O BARCELONA...

Estávamos em Setembro de 1995...

O Vitória partira para essa época com energia e ambições renovadas, contando para isso com jogadores como Vítor Paneira, Capucho, Edinho ou Neno.

Seria este último, um dos primeiros heróis de uma temporada que na sua primeira metade foi de pouco fulgor, atento à incapacidade dos jogadores lidarem com o conservadorismo táctico preconizado por Vítor Oliveira.

Porém, o treinador que se haveria de especializar em subidas de divisão, teria a sua coroa de glória vitoriana na primeira eliminatória da Taça UEFA, frente ao Standard de Liége.

Na verdade, depois do triunfo por três bolas a uma em Guimarães, graças ao bis de Gilmar e ao tento de Gilmar, não se esperava noite fácil na Bélgica. Ainda para mais, poucos dias antes, na Madeira, frente ao Marítimo, o Vitória atolado em equívocos tácticos fora goleado por quatro bolas a zero.

Por isso, naquele dia 26 de Setembro de 1995, alvitrava-se muito sofrimento para a equipa composta por Neno; José Carlos, Vítor Silva, Tanta, Basílio; Soeiro, N'Dinga, Vítor Paneira; Capucho, Edinho e Quim Berto. Assim o seria, com os belgas, depois de uma fase de estudo, a carregarem no acelerador de modo desabrido. Como escreveu o Povo de Guimarães de 29 de Setembro de 1995, valeria "Neno que com um punhado de excelentes defesas, impediu a alteração no marcador." Tal seria a tónica do jogo, com "Neno à passagem da meia hora faz mais uma espectacular defesa."

Com sofrimento e com uma das noites mais extraordinárias do guardião que hoje, se fosse vivo, faria 62 anos, passava a eliminatória e como José Pinto escrevia no Notícias de Guimarães, " agora que o sorteio dite uma equipa acessível ou então valorize a presença da equipa na Taça UEFA e que apareça o Milan ou o Barcelona." Seria este último a calhar em sorte, mas isso será outra história...

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