É um dos símbolos da cidade, localizado na sua praça mais simbólica, mais emblemática, o Toural, ainda que descaracterizado, atendendo às últimas obras de remodelação.
Falamos da Basílica de São Pedro do Toural, mandada construir no século XVIII, em 1737 e que, apesar de incompleta, em 1751 recebeu por indulto da Santa Sé, sendo papa Benedito XIV, o título que ainda hoje ostenta e que foi o primeiro a ser atribuído a uma igreja na Diocese de Braga.
Passaria por alguns episódios difíceis. Bastará dizer que foi profanada aquando das invasões francesas do século XIX para ser usada como estrebaria, onde os cavalos dos soldados repousavam.
Depois disso, seria remodelada, demolindo-se as estruturas provisórias e as casas que se situavam em frente ao templo, mas permanecendo com uma particularidade no mínimo interessante. Assim, ao invés de terem sido construídas as duas torres inicialmente projectadas, ainda hoje permanecendo, apenas, uma.
Está, ainda, associada a uma das maiores tragédias da cidade. A 01 de Dezembro de 1942, como escrevia o jornal Notícias de Guimarães, "uma pavorosa tragédia cobre a cidade de Guimarães de rigoroso luto." Na verdade, durante a missa matinal, "... ouviu-se um estalido, e de repente o soalho cedeu, formou um V, e engoliu a multidão." Morreriam dez pessoas, muitas mais ficariam feridas e a Câmara encarregar-se-ia de pagar os funerais, numa das mais dolorosas manifestações de pesar que a cidade conheceu.
Por fim, mencionemos o seu sino. A "dar as horas" de quinze em quinze minutos, as suas melodias enchem o Toural de alegria e de sonoridade, fazendo já parte do património sonoro da cidade onde nasceu Portugal.