Estávamos em Dezembro de 1932...
Como já aqui escrevemos, o Vitória encontrava-se sem treinador, o que fazia com que os jogadores andassem perdidos em campo, sem orientação que os guiasse nas partidas.
Por isso, a nova Comissão Administrativa vitoriana composta por Heitor Campos, Isaías Vieira de Castro, Francisco Pinto Rodrigues, Amadeu Costa Carvalho e Eduardo Pereira dos Santos quiseram dar um passo em frente. Contratar um treinador que garantisse que a equipa desse um passo em frente no que a competitividade dizia respeito.
Por isso, em Dezembro de 1932 para disputar de modo eficiente o campeonato distrital que se avizinhava, chegou a notícia que todos os vitorianos esperavam. Havia sido contratado um treinador e que, inclusivamente, houvera sido campeão de Portugal, na competição que se disputou antes da organização de um campeonato por pontos, ao serviço do Vitória FC. Era o húngaro Genecy, o primeiro treinador estrangeiro e profissional da história do clube.
Segundo o Notícias de Guimarães de Dezembro de 1932, tinha "reconhecida competência e vastos conhecimentos", por isso, dizia-se que "estamos convencidos que a aquisição foi boa..."
Haveria, contudo, de perder o distrital ao ser derrotado em Braga por duas bolas a zero e ao empatar em Guimarães a zero, muito, também, por culpa de (mais) uma manigância da AF Braga que, como escrevia o Notícias de Guimarães de 29 de Janeiro de 1933, houvera adiado sine die a realização dos jogos do distrital, o "que leva-nos a supor ter em vista a Associação de Braga favorecer o seu grupo favorito, o Sporting Club de Braga, pois tendo este grupo incluído, há dias, o seu antigo jogador e treinador, Alberto Augusto, antigo internacional, dá lugar a que este grupo treine convenientemente, habituando-o à toada peculiar deste jogador, em prejuízo dos dois grupos do distrito que o Sporting teme", sendo um deles o Vitória.
Genecy, por isso, partiria no final da temporada para dar lugar a Puskas. Haveria de regressar na temporada de 1939/40...