Estávamos em finais de 1932...
O Vitória procurava sedimentar-se no campeonato distrital, alicerçando a sua aposta em Genecy, o seu primeiro treinador profissional húngaro, e, em dois dos principais jogadores do pioneirismo vitoriano: Constantino Lameiras e o guardião Ricoca.
Apresentemos, assim, estes heróis, seguindo a ordem da fotografia apresentada: Em 1º plano da esquerda para a direita: Rita, Ricoca e Benjamim. Em 2º plano: Constantino Lameiras, Chico (Mãe-olhe-ela), Mário, Secândido, Virgílio, Camilo, Martinho, Moura, Albano e Armando Mateiro.
Porém, em Guimarães, temiam-se as influências na arbitragem por parte do eterno rival, pois, segundo uma crónica de A.Augusto no Notícias Desportivo de 25 de Dezembro de 1932, "tenho notado - não só eu como muitas pessoas - que em geral os árbitros da Associação de F.B. de Braga pertencem ao Sporting de Braga."
Tal fazia-o levantar a questão se "os restantes grupos filiados não terão quem desempenhe o cargo tão bem ou, digamos assim, melhor do que eles? Ou será porque não indicam à Associação que possuem homens aptos a desempenharem o cargo?" Ainda para mais, segundo o próprio, "em tempos, o Vitória tinha um bom árbitro. (...) Tive a oportunidade de apreciar alguns bons desafiios arbitrados pelo Mário e, franquezinha franca, agradaram-me por completo."
O Vitória acabaria por perder realmente o título quando, como escreveu o Notícias de Guimarães de 30 de Abril de 1933, "numa exibição infeliz, perdeu no Benlhevai, para o campeonato distrital - 2ª volta - pela diferença mínima de 2-1, com o seu rival Sporting Clube de Braga." Das actuações arbitrais, não nos chegaram qualquer relato...