COMO EM SANTO TIRSO SE ESCONJUROU UM TERRÍVEL INÍCIO DE CAMPEONATO, NUM JOGO EM QUE SÓ SE PODIA GANHAR!


Aquela temporada de 1967/68 trazia grandes perspectivas para o conjunto vitoriano.

Com um novo treinador, Juca que substituira o francês Jean Luciano, e as contratações do guarda-redes Giesteira ao Varzim, do médio Augusto Leixões e do avançado brasileiro Manuel ao Santa Cruz, as esperanças eram de um exercício que voltasse a catapultar os Conquistadores para os lugares cimeiros da tabela classificativa.

Porém, não seria assim, muito por culpa de um aterrador início de campeonato, em que o Vitória nas quatro primeiras jornadas, apenas averbou um ponto graças a um empate caseiro a um com o Leixões, graças ao golo de Silva.

Por isso, aquele jogo em Santo Tirso era tido como muito importante para a equipa começar a respirar com maior tranquilidade. Por outras palavras, era imperioso triunfar perante um adversário, orientado pelo antigo jogador vitoriano Ferreirinha, que com menores recursos, já somava três pontos, fruto de um triunfo e de um empate.

Assim, a 22 de Outubro de 1967, o Vitória entrou no Abel Alves de Figueiredo com Roldão; Costeado, José Carlos, Joaquim Jorge, Daniel; Manuel Pinto, Peres, Castro; Lázaro, Mendes e Manuel, naquela partida que, como escreveu o Notícias de Guimarães de 28 de Outubro de 1967, "a palavra de ordem era ganhar."

Tal começou a ser conquistado com o golo madrugador de Manuel, ainda que como o jornal consultado frisou "o Vitória ficou a dever algo a si próprio no tocante a méritos de exibição" e ainda teve de se confrontar com erros de arbitragem do juiz José Alexandre proveniente de Santarém, sempre em seu prejuízo. Na verdade, já após os Conquistadores terem apontado o segundo golo da partida, graças a Lázaro, "o erro de julgamento que ocasionou o golo do Tirsense (o lance só poderia justificar um livre indirecto) e a anulação do golo de Manuel que seria o terceiro do Vitória", fizeram a equipa terminar a partida com o credo na boca.

Assim, perante o último esforço do clube de Santo Tirso, a equipa preocupou-se em, apenas, suster essas ofensivas, deixando para outra "ocasião mais propícia para concretizar uma recuperação completa que será a de se manter na calha dos triunfos, a jogar bem...”

Em Santo Tirso interessava era ganhar!

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