Aquele final de temporada de 1998/99 fora uma desilusão. Com efeito, depois de Quinito ter colocado a equipa numa corrida "de trás para a frente" para chegar à última jornada em condições de alcançar o quinto apuramento europeu consecutivo, cairia na última etapa desse campeonato em Alverca. Logrou-se, assim, o objectivo, que levou a que se procedesse a um processo de reformulação da equipa, conducente à partida de nomes fortes dos anos anteriores, como José Carlos, Arley, Vítor Paneira e Gilmar.
Deste modo, na apresentação da equipa para a temporada de 1999/2000, como escreveu o Notícias de Guimarães de 16 de Julho de 1999, "ficou bem patente que este é o início de uma nova era e de uma nova filosofia. O Vitória surge assim com um plantel rejuvenescido. A inclusão de muitos jovens fez com que a média de idades baixasse consideravelmente."
A festa, essa, decorreu no estádio D. Afonso Henriques, casa de todos os vitorianos, mas sem qualquer adversário. Deste modo, depois da banda vimaranense Fragmentos, ter actuado, "seguiu-se o desfile das equipas das várias modalidades amadoras do Vitória: karaté, ténis de mesa, judo, Mini-volei, voleibol e das equipas de infantis, iniciados, juvenis, juniores do futebol juvenil do Vitória."
De seguida ocorreu um dos momentos altos da noite. Neno foi apresentado como director desportivo do futebol profissional, dando por finda uma longa carreira e "deixou a promessa que tudo irá fazer para institucionalizar uma relação saudável entre o Vitória e a comunicação social", um propósito que, como temos percebido, em muitos momentos, encontra-se por cumprir.
Depois, chegou o momento esperado. Um a um, foram chamados 27 jogadores para subirem ao centro do terreno, com a excepção dos brasileiros que não conseguiram ligações para chegarem a tempo a Guimarães. Eram eles Riva, Alexandre, Márcio Theodoro, Geraldo, Edmilson... e Tuta, que Pimenta Machado prometera numa Assembleia-Geral anterior ser o próximo avançado vitoriano, mas que nunca haveria de chegar à Cidade Berço. E se estes faltaram, também Pimenta não esteve presente no dia I do novo projecto por si idealizado e que visava rentabilizar as jovens pérolas da formação.
Por fim, sem adversário escolhido, seguiu-se uma peladinha entre os jogadores presentes. Uns de camisola branca e outros de preto enfrentaram-se, terminando a noite "com uma sessão de raio lazer e fogo de artifício."
No final da noite, Quinito dir-se-ia entusiasmo com um projecto que reputava como tendo tanto de trabalhoso como de apaixonado, pelo facto do Vitória ter baixado a média de idades. Era a esperança de um projecto a longo prazo que regressava...ainda que o mesmo se fosse esboroar a partir de Janeiro dessa época, mas isso serão outros capítulos!