COMO AQUELE JOGO COM A BRIOSA SIGNIFICOU UM RESPIRAR DE ALÍVIO QUE TEMIA-SE QUE NÃO SURGISSE...

Aquela temporada de 1947/48 foi a primeira em que os campeonatos se disputaram nos moldes em que os conhecemos. Assim, deixaram de existir os campeonatos distritais que davam apuramento para a maior prova nacional, passando o sistema competitivo a ser o que conhecemos hoje.

Por essa razão, o Vitória, fruto do oitavo posto do campeonato anterior, logrou o direito em participar nessa prova. Porém, o arranque na mesma foi a todos os títulos preocupante, apenas sendo capaz de empatar com o Benfica a dois em casa nas quatro primeiras jornadas, sendo derrotado em casa pelo Belenenses, em Alvalade e no terreno do Estoril.

Assim, a partida que iria ser disputada a 21 de Dezembro de 1947 frente à Académica assumia contornos de determinante naquilo que poderia ser a temporada, que já se temia que redundasse em fracasso.

Por isso, equipa composta por Machado; Garcia, Costa; Armando, Curado, Teixeira; Miguel, Rebelo, Brioso, Alcino e Frankim, segundo o Notícias de Guimarães de 28 de Dezembro de 1947, "entrou a jogar com decisão e rapidez e que fez durante toda a primeira parte exibição meritória". A comprovar isso, o facto de a equipa nos primeiros dez minutos ter apontado dois golos, graças a um bis de Alcino, ainda que Bentes reduzisse quase logo de seguida, para, ainda antes do final da primeira metade, Miguel fazer respirar todos os adeptos vitorianos presentes na Amorosa.

A Académica, na segunda metade, conseguiria reduzir, mas não o suficiente para fazer perigar o primeiro êxito vitoriano no campeonato. "Assim os 3-2 ajustam-se ao desenrolar do jogo", e, acima de tudo, faziam o Vitória respirar melhor, não obstante ter sido na segunda volta que a equipa escalou até ao oitavo lugar final, sinónimo de tranquilidade.

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