COMO AQUELA MANIFESTAÇÃO TERÁ SIDO DOS DERRADEIROS MOMENTOS DE UNIÃO VIMARANENSE, NUM DIA EM QUE A PROMESSA DE MAGALHÃES JAMAIS SERIA CUMPRIDA...

Terá sido dos maiores momentos de união vimaranense nos últimos 30 anos...

Estávamos em Março de 1998 e, cada vez, com maior insistência, a possibilidade de Vizela separar-se do concelho de Guimarães era falada. A ponto de tal ser dado como irreversível!

Por isso, por esses dias, no largo da Câmara Municipal, os vimaranenses mobilizaram-se para participar na denominada "Manifestação Pela Integridade do Concelho de Guimarães."

Um momento em que, como é escrito no Povo de Guimarães de 20 de Março de 1998, "o presidente da Câmara Municipal, António Magalhães, garantiu caso o concelho de Vizela tivesse sido aprovado na Assembleia da República, estar disposto a rasgar o seu cartão de militante e colocar à disposição da direcção nacional do PS o seu lugar à frente do município." Atinha-se à deliberação que na Casa da Democracia fora tomada e que poderia ter permitido (como permitiu!) que o concelho de Guimarães perdesse as freguesias vizelenses.

O ambiente, esse, era frenético, já que na praça "cheia de gentes se erguiam cartazes Por Guimarães e vozes de protesto à mistura com assobios dirigidos a António Guterres, António Braga, Manuel Alegre e outros deputados da Assembleia da República, espelhando a indignação pela votação isolada do caso Vizela." Magalhães, esse, ia mais longe ao afirmar que "na vida há muitas promessas que não se podem cumprir, pelo que não compreendemos como o primeiro ministro se há-de empenhar na de Vizela."

Num dia em que discursaram todas as comissões políticas vimaranenses, perante milhares de pessoas, todos foram unânimes numa pretensão que não teria acolhimento... com efeito Vizela haveria de ser concelho e Magalhães, como dissera, nem todas as promessas feitas seriam para cumprir... não se demitindo dos seus cargos!

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