A FESTA DA LUZ

Um dos momentos marcantes, ainda que existam poucos registos do mesmo, foi o primeiro jogo em que o sistema de iluminação do, então, Estádio Municipal foi usado.

Para tal suceder, a direcção vitoriana, encabeçada por Pimenta Machado, tivera de se envolver numa árdua batalha com a Câmara. Uma batalha com inúmeros episódios que iremos, posteriormente, aqui narrar, mas que contou com manifestações, promessas, e demissões que acabariam por não se concretizar.

Porém, a 19 de Setembro de 1987, o estádio passou a contar com sistema de iluminação artificial. Jamais, como diziam os jornais da altura, o comércio iria ter de fechar para apoiar, durante a tarde, o Vitória num desafio europeu, sempre disputados à semana.

Num jogo que, em vez de inauguração das torres de iluminação, que se prometeu fazer posteriormente, consoante um acordo a estabelecer entre o clube e a autarquia, convencionou-se chamar-se de "partida de adaptação à luz", já que a partida europeia frente aos húngaros do Tatabanya iria ocorrer daí a uma semana e urgia estar preparado para a nova realidade. Assim, o Vitória, aproveitando a paragem do campeonato para compromissos das selecções, recebeu o Rio Ave, na primeira vez que as torres de iluminação foram utilizadas.

Numa partida que, também, marcou a estreia do ponta de lança brasileiro, Décio António, que haveria de ser importante na conquista da Supertaça Cândido Oliveira no ano seguinte, ao apontar um golo, a equipa, então, treinada por René Simões haveria de vencer por uma bola a zero. A honra de apontar o primeiro golo sobre os holofotes, coube a Carvalho a quatro minutos do final do prélio.

O Vitória passava a ter uma valência que muita falta lhe fizera nos anos anteriores...

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