O estilo inconfundível de um poço de força...
É verdade que o seu nome era propenso a todos os trocadilhos marotos...
Também era verdade que o seu estilo era olhado com desdém, por num tempo em que o futebol ser mais filigrana do que potência, levar tudo à frente...
Mas, Mamadu Bobó Djaló, que é dele quem falamos, foi determinante na extraordinária campanha de 1985/86 em que o Vitória, durante algum tempo, sonhou em fazer o que nunca fez...
Contratado ao Varzim, actuou de Rei ao peito por 32 vezes nessa época, tendo apontado quatro golos, com especial destaque para o bis perante o Sporting da Covilhã e um dos tentos com que o Vitória venceu o derby eterno por cinco a três.
No final da época sairia rumo ao Marítimo, sendo substituído no meio campo vimaranense por um tal de N'Dinga que haveria de ficar na história do clube, sendo, efectivamente, um jogador mais fino, de técnica superior e com outros recursos.
Mas, a força e a pujança de Bobó ficaram na história daquele ano...ele, que mais de 20 anos depois teria um filho a jogar nos Conquistadores. Falamos do avançado Bacari, que, também, só estaria um ano nos Conquistadores, no ano em que estes disputaram a Liga 2... mas sem o sucesso do pai.