COMO NELO VINGADA PERCEBEU MUITO FACILMENTE O QUE QUERIAM OS VITORIANOS, LOGO APÓS O PRIMEIRO JOGO DO CAMPEONATO, ONDE NEM SEQUER UM BOM DIA MERECEU!

Nelo Vingada chegou ao Vitória na temporada de 2008/09 com uma espinhosa missão que era substituir o inigualável Manuel Cajuda, o homem que resgatara o Vitória das catacumbas da Liga 2, o levara à Liga dos Campeões graças à sua melhor classificação de sempre e entrou para sempre no coração dos adeptos.

Porém, ao contrário do algarvio que facilmente entendeu a idiossincrasia vitoriana, Vingada, para além de ser incapaz de engatar uma série de resultados entusiasmastes, jamais seria capaz de seduzir os adeptos. Na verdade, desde os primeiros treinos em que surgiu com uns vistosos óculos Rayban, percebeu-se que teria dificuldades em vestir o fato dos Conquistadores, parecendo um corpo estranho dentro da estrutura.

Tal seria comprovado com o treinador a durar cerca de mês e meio no campeonato, sendo despedido após oito partidas em que, apenas, triunfou em duas. Mas, mais do que isso, por um conjunto de episódios como o narrado pelo antigo capitão de equipa, Alex, em entrevista ao Jornal Expresso em 27 de Dezembro de 2022. Como o antigo capitão narrou, "Ele tinha a mania de cumprimentar, em cada sessão de treino, os adeptos. Eram treinos à porta aberta e mal começava, ele dirigia-se à bancada: "Bom dia meus senhores, muito obrigado por terem vindo, espero que passem um bom dia". Os adeptos batiam palmas: "Bom dia, mister".

Ora, tal levantava uma curiosa questão nos elementos mais experientes do grupo e conhecedores da eterna vontade de vencer, aliada à uma incontida insatisfação, de todos os vitorianos. Esta passava por saber o que sucederia no dia em que os resultados não satisfizessem os frequentadores dos treinos, visto ainda estar-se a viver um período de pré-época.

Infelizmente, vir-se-ia a saber a resposta para essas inquietações, mais depressa do que todos desejariam. Deste modo, bastou empatar o primeiro jogo desse campeonato a zero em casa do homónimo sadino, com uma paupérrima exibição, para tudo mudar. Deste modo, "no primeiro treino a seguir ele afastou-se da equipa, foi ter com os adeptos: "Bom dia meus senhores…" foi logo enxovalhado: "Bom dia o car….! Vai-te mas é embora"

Imediatamente percebeu como funcionava o Vitória... e percebeu que não iria ter vida fácil. Aliás, depois do despedimento viria a ter uma série de declarações infelizes, em que referiu que "Em Guimarães, pediram-me para insultar, chamar cabrão e filho da p..., porque era essa a linguagem que o jogador do Vitória percebia..." Uma justificação lamentável para um homem que nunca percebeu a casa onde tinha entrado!

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